Setembro Verde: fale com sua família sobre seu desejo de ser um doador de órgãos para ajudar a salvar vidas

28 de Setembro de 2017

Dados de março deste ano indicam que 3.392 pessoas aguardavam por um transplante de órgão em Minas Gerais. Deste total, a maioria (2.352), espera por um rim, seguido pela córnea (912). Mas na fila estão também pacientes que necessitam de transplante de fígado, coração e pâncreas.

Para alertar a população sobre essa realidade, o mês de setembro foi escolhido para uma campanha de incentivo a doação de órgãos em todo o país. Minas Gerais aderiu à iniciativa.

É o Setembro Verde, que pretende conscientizar as pessoas sobre a importância da doação e, ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

A iniciativa é promovida em alusão ao Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro. Mas em Minas a campanha começou a ser veiculada no primeiro dia do mês.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, as principais dificuldades enfrentadas pela captação dos órgãos são a baixa notificação pelos hospitais do estado de potenciais doadores e o aumento na taxa de recusa familiar no momento da solicitação de doação. Por isso, é importante orientar as pessoas a falarem com sua família sobre o desejo de ser um doador e salvar vidas.

Seja um doador
Para ser um doador, o principal é informar o desejo à família porque, após o diagnóstico de morte encefálica, ela é consultada e orientada sobre este processo. Não precisa deixar nada por escrito.

A morte encefálica, mais conhecida como morte cerebral, representa a perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda da consciência e da capacidade de respirar; o que significa que o individuo está morto. O coração permanece batendo por pouco tempo e é neste período que os órgãos podem ser utilizados para transplante.

Quando o doador é uma pessoa falecida, podem ser retirados para transplante duas córneas, dois rins, dois pulmões, fígado, coração, pâncreas, intestino, pele, ossos e tendões. Ou seja, um único doador pode salvar muitas vidas.

Um indivíduo saudável, que teve morte cerebral decretada, pode ajudar até 14 outras vidas com a doação das córneas, rins, coração, pulmões, pâncreas, entre outros órgãos.

Doador em vida
Também é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, é possível doar tecidos, rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado ou do pulmão.

O Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo. Em 2016, mais de 90% dos processos realizados no país foram financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), onde os pacientes possuem assistência integral, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante.

Em Minas Gerais é possível fazer transplantes de coração, córnea, fígado, medula, pâncreas, pele, rim, rim conjugado com pâncreas e tecido ósseo.

COMPLEXO MG TRANSPLANTES
A doação de órgãos e sua destinação para transplantes é coordenada em Minas Gerais pelo Complexo MG Transplantes, que é responsável pela captação e distribuição de órgãos em todo o Estado, por meio da Central Nacional de Captação de Doação de Órgãos (CNCDO).

Para a realização do transplante, há uma lista única do Estado, em que são observados vários critérios: urgência, compatibilidade de grupo sanguíneo, compatibilidade anatômica (tamanho do órgão e do paciente), compatibilidade genética, idade do paciente, tempo de espera, dentre outros critérios.

Telefone do MG TRANSPLANTES para orientação: 0800-283-7183
Endereço: Avenida Professor Alfredo Balena, 400,1º andar, Santa Efigênia, BH Telefone: (31) 3219-9200 e 3219-9211

Fontes: http://www.fhemig.mg.gov.br/index.php/complexo-mg-transplante
e http://hojeemdia.com.br/horizontes/setembro-verde-campanha-incentiva-doa%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%B3rg%C3%A3os-em-minas-1.556340

Avenida Amazonas, 491, sala 912, CEP: 30180-001, Belo Horizonte/MG - Telefone: (31) 3110-9224 | (31) 98334-8756