Confiança da indústria recua 0,2% em junho, diz FGV

SÃO PAULO - A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou hoje que seu Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou pela primeira vez no ano. O indicador cedeu 0,2% em junho, para 103,2 pontos, ante 103,4 pontos marcados em maio.

A prévia do índice, divulgada na semana passada, tinha indicado uma queda pouco maior, de 0,50%. Com o resultado final do mês, o ICI manteve-se abaixo da média dos últimos cinco anos, de 105,9 pontos, pelo décimo segundo mês consecutivo.

A diminuição da confiança foi influenciada pela piora das avaliações em relação ao futuro. O Índice de Expectativas (IE) caiu 1,4%, de 103,4 para 102,0 pontos. “O resultado geral sinaliza que a recuperação do nível de atividade do setor perdeu fôlego ao longo do segundo trimestre e que a indústria inicia o segundo semestre ainda em ritmo lento”, diz a FGV.

As perspectivas para a situação dos negócios no horizonte de seis meses tornaram-se menos favoráveis, com o indicador recuando em 4,1%, ao passar de 144,6 para 138,7 pontos, a primeira queda em 2012. Em junho, 8,9% das 1.180 empresas consultadas preveem piora do ambiente dos negócios, contra 6,1% em maio; a parcela das que esperam melhora dos negócios diminuiu de 50,7% para 47,6%.

No sentido contrário, o Índice da Situação Atual (ISA) avançou 0,9%, ao passar de 103,5 para 104,4 pontos, alcançando seu maior valor desde julho de 2011 (107,4).

A avaliação quanto à situação atual dos negócios exerceu a maior influência na evolução favorável do ISA no mês. O indicador deste quesito avançou 1,8%, ao passar de 107,2 para 109,1 pontos, o maior nível desde outubro de 2011 (109,5). A proporção de empresas que avaliam a situação dos negócios como fraca caiu de 10% em maio para 6,3% em junho. A parcela das que a consideram boa passou de 17,2% para 15,4%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria teve leve queda, de 0,2 ponto percentual, passando para 83,8% em junho, patamar idêntico à média histórica recente.