Tarifa de ônibus vai a R$ 2,80
Usuários reclamam, e sindicato das empresas diz que foi insuficiente
A partir da 0h de amanhã, o belo-horizontino vai desembolsar mais do que os R$ 2,65 usuais com passagens de ônibus na capital. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) confirmou o aumento da tarifa para R$ 2,80, o que corresponde a um reajuste de 5,66%. Entre 2009 e 2012, os reajustes, somados, chegam a 21,7%.
"É injusto, sobretudo para quem trabalha", opina o ator Dalvan Tobias, 24. "E, em todo ano é assim. Infelizmente, já estamos acostumados", conclui. De fato, as passagens de ônibus na capital mineira são reajustadas anualmente. No contrato firmado em julho de 2008 entre a prefeitura e as concessionárias, cuja validade vai até 2028, fica garantido às empresas de ônibus o aumento anual das tarifas.
O incremento no valor segue alguns marcadores econômicos, entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 5,48% no acumulado de janeiro a novembro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e deve chegar aos 6%. Já a inflação, até o momento, está em 5,78%. A margem de reajuste também é definida a partir da variação de preços de óleo diesel, pneu e veículos, de custos de mão de obra e despesas administrativas, principalmente com funcionários.
"Tem poucos horários de ônibus, e o serviço poderia ser muito melhor", reclama o universitário Matheus Henrique, 21.
Empresas. Se para Matheus e tantos outros belo-horizontinos o aumento é injusto, para o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), o aumento é, na verdade, insuficiente. Por meio de sua assessoria, a entidade informou que o incremento "não cobre os custos do sistema" e que "os empresários estão apreensivos com o futuro do transporte coletivo".
A partir de hoje, cartazes informativos com os novos valores serão afixados dentro dos ônibus. As informações também estão disponíveis no portal da BHTrans e na Central de Relacionamento Telefônico da Prefeitura, por meio do número 156.
Fonte: O TEMPO