EBX, de Eike, já está em Neves
04 de Outubro de 2012
por: Ana Paula Pedrosa
BNDES se associou ao empresário e liberou R$ 245 milhões para a obra
Sem alarde, o grupo EBX já começou a limpeza do terreno à beira da BR-040, na entrada de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde será construída a SIX Semicondutores. O empreendimento já tem o documento de uso e ocupação do solo, expedido pela prefeitura, que é o primeiro passo para a implantação. A expectativa é que nas próximas semanas o grupo encaminhe à prefeitura o pedido de alvará de construção, para dar início à obra.
A fábrica já recebeu R$ 245 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se associou ao empresário Eike Batista, dono da EBX, para construir a SIX. O montante equivale a uma fatia de 33,02% do empreendimento. O percentual é o mesmo investido por Eike, de acordo com documentos submetidos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Realizado no primeiro semestre sem qualquer divulgação, o investimento consta em relatório do banco referente ao período. O projeto é tratado com discrição pelos sócios, já que a presidente Dilma Rousseff quer anunciar pessoalmente o investimento, afirmam fontes. Por problemas de agenda, o lançamento oficial vem sendo postergado há cerca de seis meses.
O empreendimento também terá participação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). À época da criação da SIX, a instituição de fomento adquiriu 6,5% das ações por meio da BDMGTEC, empresa criada exclusivamente para esse fim. Segundo o banco, esse percentual teve um ajuste e agora é de 7,2%, o equivalente a R$ 45,54 milhões.
Além disso, o BDMG também concederá um financiamento de R$ 64 milhões para a instalação da planta, cujas obras estão em fase inicial, o que inclui trabalhos de terraplenagem, informa o diretor de Negócios com o Setor Privado do banco, Fernando Lage de Melo.
Os demais acionistas são a norte-americana IBM (18,8%), a construtora Matec (6,07%) e a empresa de tecnologia WS, comandada pelo ex-presidente da Volkswagen do Brasil, Wolfgang Sauer.
Esses percentuais são os submetidos ao Cade e podem ter sido alterados. A operação incluiu a emissão de ações por parte da SIX Semicondutores (antiga Companhia Brasileira de Semicondutores, controlada pela WS) e posterior subscrição pelos atuais sócios.
Com um investimento previsto de US$ 500 milhões, a empresa espera atender a crescente demanda de semicondutores no país, impulsionada nos últimos anos pelo crescimento dos mercados de computadores, celulares e aparelhos de televisão. A companhia pretende se dedicar a fabricação de circuitos integrados de sinais mistos, como sensores, "energy management/meters" e produtos para o segmento médico.
A estimativa da companhia é de que mais de 80% de suas receitas deverão ser geradas a partir de exportações, conforme informado aos órgãos de defesa da concorrência. A EBX não comentou o empreendimento. (Com agências)
A fábrica já recebeu R$ 245 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se associou ao empresário Eike Batista, dono da EBX, para construir a SIX. O montante equivale a uma fatia de 33,02% do empreendimento. O percentual é o mesmo investido por Eike, de acordo com documentos submetidos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Realizado no primeiro semestre sem qualquer divulgação, o investimento consta em relatório do banco referente ao período. O projeto é tratado com discrição pelos sócios, já que a presidente Dilma Rousseff quer anunciar pessoalmente o investimento, afirmam fontes. Por problemas de agenda, o lançamento oficial vem sendo postergado há cerca de seis meses.
O empreendimento também terá participação do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). À época da criação da SIX, a instituição de fomento adquiriu 6,5% das ações por meio da BDMGTEC, empresa criada exclusivamente para esse fim. Segundo o banco, esse percentual teve um ajuste e agora é de 7,2%, o equivalente a R$ 45,54 milhões.
Além disso, o BDMG também concederá um financiamento de R$ 64 milhões para a instalação da planta, cujas obras estão em fase inicial, o que inclui trabalhos de terraplenagem, informa o diretor de Negócios com o Setor Privado do banco, Fernando Lage de Melo.
Os demais acionistas são a norte-americana IBM (18,8%), a construtora Matec (6,07%) e a empresa de tecnologia WS, comandada pelo ex-presidente da Volkswagen do Brasil, Wolfgang Sauer.
Esses percentuais são os submetidos ao Cade e podem ter sido alterados. A operação incluiu a emissão de ações por parte da SIX Semicondutores (antiga Companhia Brasileira de Semicondutores, controlada pela WS) e posterior subscrição pelos atuais sócios.
Com um investimento previsto de US$ 500 milhões, a empresa espera atender a crescente demanda de semicondutores no país, impulsionada nos últimos anos pelo crescimento dos mercados de computadores, celulares e aparelhos de televisão. A companhia pretende se dedicar a fabricação de circuitos integrados de sinais mistos, como sensores, "energy management/meters" e produtos para o segmento médico.
A estimativa da companhia é de que mais de 80% de suas receitas deverão ser geradas a partir de exportações, conforme informado aos órgãos de defesa da concorrência. A EBX não comentou o empreendimento. (Com agências)
Serão criados 300 empregos
A SIX deve gerar cerca de 300 empregos, diz o diretor de Negócios do com o Setor Privado do BDMG, Fernando Lage de Melo. "São postos de trabalho de altíssimo nível, voltados para engenharia. Algumas pessoas serão inclusive treinadas no exterior", afirmou ele. Esses empregos, junto com os impostos que serão gerados pela nova empresa, devem ajudar a mudar o panorama econômico de Ribeirão das Neves, cidade que depende dos repasses constitucionais para sobreviver.
O principal desses repasses é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que neste ano está em queda. De maio a agosto, o repasse caiu 30% em todo o país, porque o FPM é formado por parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi reduzido para alguns setores pelo governo federal para estimular a economia.
A assessoria da prefeitura de Ribeirão das Neves informou que não sabe quando a unidade começará a operar, mas diz que sua atuação terá impacto positivo no município. (APP com agências)
O principal desses repasses é o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que neste ano está em queda. De maio a agosto, o repasse caiu 30% em todo o país, porque o FPM é formado por parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi reduzido para alguns setores pelo governo federal para estimular a economia.
A assessoria da prefeitura de Ribeirão das Neves informou que não sabe quando a unidade começará a operar, mas diz que sua atuação terá impacto positivo no município. (APP com agências)
Fonte: O TEMPO