Carnes de Natal vão ficar até 15% mais caras
17 de Outubro de 2012
por: Marinella Castro
Estiagem nos EUA, que fez milho encarecer, deixa iguarias, como o peru, servidas na ceia de fim de ano até 15% mais caras
![]() |
|
Comerciante João Dias prevê aumento de vendas e preços até dezembro |
Para quem tem espaço no freezer, o momento é propício para as compras antecipadas. Os produtores de bovinos estimam valorização da carne de mais 6% até dezembro. Como os insumos encareceram, a opção do produtor foi fugir o confinamento, o volume caiu 9% no país. No pasto, o boi leva mais tempo para chegar ao abate, o que reduz a oferta no fim do ano, pressionando o preço do filé.
Segundo a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) para sustentar a alta de 40% do preço dos insumos acumulados nos últimos cinco meses, os reajustes estão sendo repassados ao consumidor e os abates também foram reduzidos em 5%. Com a menor oferta os preços dão mostras de seguir em alta até dezembro, época que tradicionalmente cresce a demanda.
![]() |
|
Apesar da alta, Flávia Moysés vai manter a ceia: "Natal sem peru não dá" |
Tradição
Há 40 anos à frente do tradicional Rei da Feijoada no Mercado Central, João Dias conta que sua família é também proprietária do Frigorífico Imperatriz, especializado em suínos. Segundo ele, o prato preferido do mineiro na ceia do Natal é o pernil, o leitão e o lombo, nessa ordem. “No fim do ano as vendas aumentam cerca de 25% e os preços dos produtos costumam encarecer entre 15% e 20%”, diz ele. José Arnaldo Penna, coordenador da Comissão de Suinocultura da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), diz que em outubro os preços do suíno começaram a recuperar as perdas de abril quando o custo da produção estava acima do valor de venda do animal vivo. A valorização entre setembro e outubro foi de aproximadamente 30%. “Como as exportações em setembro foram recordes , até o fim do ano o valor do suíno ainda pode crescer entre 8% e 10%.”
Há 40 anos à frente do tradicional Rei da Feijoada no Mercado Central, João Dias conta que sua família é também proprietária do Frigorífico Imperatriz, especializado em suínos. Segundo ele, o prato preferido do mineiro na ceia do Natal é o pernil, o leitão e o lombo, nessa ordem. “No fim do ano as vendas aumentam cerca de 25% e os preços dos produtos costumam encarecer entre 15% e 20%”, diz ele. José Arnaldo Penna, coordenador da Comissão de Suinocultura da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), diz que em outubro os preços do suíno começaram a recuperar as perdas de abril quando o custo da produção estava acima do valor de venda do animal vivo. A valorização entre setembro e outubro foi de aproximadamente 30%. “Como as exportações em setembro foram recordes , até o fim do ano o valor do suíno ainda pode crescer entre 8% e 10%.”
![]() |
|
O vendedor Carlos Gonçalves diz que o consumidor não abre mão da leitoa |
José Geraldo Sá, presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Corte da Faemg, afirma que para fugir da ração em alta, o gado foi para o pasto. “O produto continuará sendo ofertado, mas ao invés de chegar ao mercado em outubro e novembro levará quatro ou cinco meses mais.”
Carlos Gonçalves, vendedor no Mercado Central, informa que os preços não desviam o consumidor do prato preferido. “Em dezembro, as vendas de leitão crescem 90%. No mês vendemos mais de 3 mil unidades.”
Fonte: Estado de Minas