Médicos decidem hoje se voltam a atender convênios
Anúncio da resolução só será feito aos pacientes na sexta-feira
O Dia do Médico, comemorado hoje, será decisivo para a categoria e para os cerca de 1,3 milhão de usuários de planos de saúde em Belo Horizonte. Está marcada para hoje a assembleia geral no Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRMMG) que irá definir os rumos do movimento. Para amanhã está programada uma entrevista coletiva para anunciar a decisão dos médicos. Desde quarta-feira da semana passada, profissionais de todo o Estado não atendem pacientes de convênios.
De acordo com o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira, até ontem foram canceladas aproximadamente 65 mil consultas em Belo Horizonte. "São cerca de 15, 5 mil consultas realizadas por dia na capital. A adesão chega a 70% da categoria na região metropolitana de Belo Horizonte. Há casos onde o percentual é ainda maior. Em alguns hospitais e clínicas chegou a 100%", diz. Em Muriaé, na Zona da Mata, a adesão foi de 100%, segundo o dirigente.
Ferreira fez questão de ressaltar que os atendimentos de urgência e emergência estão sendo realizados normalmente. Ele explica que a suspensão do atendimento aos segurados dos planos de saúde pode terminar hoje ou continuar em Minas Gerais "A decisão irá acontecer à noite e divulgada no dia seguinte", diz. Em outros Estados do país o movimento deve continuar até o dia 25 deste mês.
Ferreira conta que a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) marcou uma reunião com a categoria para o próximo dia 22. "Até o momento, nenhuma empresa de planos de saúde nos procurou para conversar", observa.
Além da assembleia de Belo Horizonte, as entidades que representam a categoria no país vão entregar uma carta ao Ministério da Saúde em que cobram diversas melhorias na área, tanto no que se refere ao atendimento público quanto ao privado.
"A insatisfação generalizada tem sido registrada em diferentes pesquisas de opinião, estudos acadêmicos e pela imprensa, que, seguidamente, materializa a crise da saúde (pública e privada) em reportagens que exibem as filas, as longas esperas e a dificuldade de acesso aos serviços, aos médicos e outros profissionais da área", diz a carta. (Com agências)
Fonte: O TEMPO