Inadimplência continuará caindo

23 de Outubro de 2012

São Paulo - O índice de inadimplência do Bradesco deve continuar sinalizando melhora nos próximos trimestres, de acordo com o diretor executivo Luiz Carlos Angelotti. Em setembro, o indicador total, considerando os atrasos acima de 90 dias, ficou em 4,1%, com declínio de 0,1 ponto percentual ante os 4,2% de junho. Na comparação anual, a taxa foi maior em 0,3 ponto percentual.

"Como esperávamos, a redução da inadimplência foi o ponto positivo do nosso resultado no terceiro trimestre deste ano. Para os próximos trimestres, entendemos que o índice deve continuar sinalizando melhora em meio à queda da taxa Selic e ao maior dinamismo da atividade econômica", disse Angelotti.

A queda na inadimplência do Bradesco foi influenciada pelo recuo dos calotes nas grandes empresas, para 0,4%, abaixo do 0,9% visto no trimestre imediatamente anterior. Já na carteira de pessoa física, o indicador de inadimplência ficou estável em 6,2% em junho. "A inadimplência está sob controle e deve apresentar melhora gradual nos próximos trimestres", destacou Angelotti.

O diretor do banco espera que o índice de inadimplência do Bradesco deva encerrar o exercício de 2012 entre 4% e 3,9%, próximo do patamar visto no ano passado. "A inadimplência no segundo trimestre foi atípica, influenciada pelo indicador do segmento de grandes empresas, que já voltou aos patamares anteriores. esperada uma queda para outros setores de forma gradativa", informou, em teleconferência ontem.

Com o fato de circular mais dinheiro na economia, pelo recebimento do 13º salário no fim do ano, a expectativa do Bradesco é que a inadimplência deve continuar apresentando melhora gradual, conforme o executivo. "Não vai melhorar muito forte ou rapidamente, mas a queda gradual do indicador deve avançar durante 2013", disse Angelotti, acrescentando que essa melhora deve ser acompanhada pelas despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD).


Basileia - Sobre o índice de Basileia do Bradesco, o executivo disse que o indicador de capitalização, que mede quanto o banco pode emprestar sem comprometer seu capital, deve encerrar o ano próximo da estabilidade. No terceiro trimestre, a Basileia do banco ficou em 16%, queda de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e alta de 1,3 ponto sobre o mesmo mês de 2011. O mínimo exigido pelo Banco Central é de 11%.

A oferta de crédito no Brasil deve crescer em torno de 15% em 2013, de acordo com Angelotti. (AE)

 

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