Brasileiro não troca de emprego na primeira proposta
"Esses dados são muito relevantes porque demonstram a confiança do candidato no mercado de emprego brasileiro atualmente. Eles sabem que existem oportunidades e que podem rejeitar algumas propostas até encontrar algo que julguem ser realmente muito bom. O profissional se dá a oportunidade de esperar por algo que realmente o encante, seja pelo desafio, pelo pacote de remuneração ou pelo perfil da empresa", afirma Frédéric Ronflard, diretor geral da Robert Walters no Brasil.
Segundo Ronflard, a economia aquecida no Brasil faz com que os profissionais talentosos se deem o direito de escolher em qual empresa querem trabalhar, pois as propostas chegam muito rapidamente. "Os processos são ágeis e o assédio é grande, pois o mercado está em busca contínua por profissionais", justifica, ressaltando que o positivismo e a confiança natural do brasileiro no futuro são fatores que ajudam a reforçar a tendência.
Para o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz, a pesquisa reflete a enorme falta de mão de obra qualificada no Brasil, já que a taxa atual de 6% de desemprego é baixíssima, e quem tem bom currículo sabe que pode recusar as primeiras propostas.
Escassez
Talentos. A pesquisa indica escassez de talentos no mundo. As empresas sabem o valor de uma boa contratação e nota-se uma tendência grande em realizar contra ofertas para tentar manter os bons profissionais.
Rio de Janeiro. A pesquisa revelou ainda que, assim como o Brasil, há apenas mais alguns países, como a China, onde 92% dos profissionais receberam mais de uma oferta, e a Coréia do Sul, com 91% de múltiplas ofertas. Entre os países onde os profissionais estão mais dispostos a aceitar a vaga na primeira oferta estão: Reino Unido, com 60%; Cingapura, com 59%; Nova Zelândia e Malásia, ambos com 52% e Japão e Vietnã, com 50%.
Fonte: O TEMPO