Cliente ignora encargos e cai na inadimplência
31 de Outubro de 2012
por: Ana Arsênio
Cliente ignora encargos e cai na inadimplência
"Dez de R$ 78,80. Vinte de R$ 59,90". Os valores das prestações costumam estar expostos nas lojas em pontos estratégicos. Nem sempre, entretanto, é informado o preço total do produto e/ou os juros embutidos. A estratégia atrai o consumidor que, geralmente, abusa das compras e acaba caindo na inadimplência.
Registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostram alta de 13,87% em setembro na comparação com agosto. Para tentar reduzir esse índice e atrair o consumidor para novas compras no período do Natal, a CDL/BH realiza de 26 a 30 de novembro, das 7h às 16h30, na sede da entidade (avenida João Pinheiro, 495, bairro Funcionários, em BH) mais uma edição da "Campanha de Recuperação de Crédito CDL/BH".
O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, disse que a entidade está terminando de contabilizar os resultados das vendas do Dia das Crianças para projetar as perspectivas de comercialização para o período de Natal.
Segundo ele, neste ano a Campanha tem a parceria da Serasa Experian, além do SPC Brasil. São esperados 50 mil consumidores nos cinco dias do evento e a expectativa é que 15 mil quitem suas dívidas.
As facilidades para regularização das dívidas incluem descontos que podem chegar a 48% sobre o valor corrigido para pagamento à vista. O parcelamento também pode ser feito em até três vezes, com descontos que chegam a 38% sobre o valor corrigido (entrada e duas parcelas).
Para o coordenador de pesquisas da Fundação Ipead, professor Wanderley Ramalho, no entanto, o ideal seria que o consumidor tivesse mais atenção na hora das compras para evitar o consumo desenfreado.
Segundo ele, geralmente, antes de fechar uma compra, o cliente costuma observar primeiro se o valor da prestação cabe em seu salário, sem considerar os encargos que estão no preço.
"Se a taxa de juros for maior que 3 ou 4% ao mês, a compra a prazo já não é recomendada", informa. De acordo com o professor, mesmo as compras à vista podem ter juros embutidos. Para conferir é preciso pegar o número de parcelas e somá-las a um custo de financiamento médio de 2% ao mês. Se o resultado for igual ao preço à vista, significa que os juros estão embutidos no valor a ser pago.
Registros junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) mostram alta de 13,87% em setembro na comparação com agosto. Para tentar reduzir esse índice e atrair o consumidor para novas compras no período do Natal, a CDL/BH realiza de 26 a 30 de novembro, das 7h às 16h30, na sede da entidade (avenida João Pinheiro, 495, bairro Funcionários, em BH) mais uma edição da "Campanha de Recuperação de Crédito CDL/BH".
O presidente da CDL/BH, Bruno Falci, disse que a entidade está terminando de contabilizar os resultados das vendas do Dia das Crianças para projetar as perspectivas de comercialização para o período de Natal.
Segundo ele, neste ano a Campanha tem a parceria da Serasa Experian, além do SPC Brasil. São esperados 50 mil consumidores nos cinco dias do evento e a expectativa é que 15 mil quitem suas dívidas.
As facilidades para regularização das dívidas incluem descontos que podem chegar a 48% sobre o valor corrigido para pagamento à vista. O parcelamento também pode ser feito em até três vezes, com descontos que chegam a 38% sobre o valor corrigido (entrada e duas parcelas).
Para o coordenador de pesquisas da Fundação Ipead, professor Wanderley Ramalho, no entanto, o ideal seria que o consumidor tivesse mais atenção na hora das compras para evitar o consumo desenfreado.
Segundo ele, geralmente, antes de fechar uma compra, o cliente costuma observar primeiro se o valor da prestação cabe em seu salário, sem considerar os encargos que estão no preço.
"Se a taxa de juros for maior que 3 ou 4% ao mês, a compra a prazo já não é recomendada", informa. De acordo com o professor, mesmo as compras à vista podem ter juros embutidos. Para conferir é preciso pegar o número de parcelas e somá-las a um custo de financiamento médio de 2% ao mês. Se o resultado for igual ao preço à vista, significa que os juros estão embutidos no valor a ser pago.
Trabalhador quer barrar juros altos
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) quer acabar com o que considera a "farra" das operadoras de cartão de crédito. No último domingo, em São Paulo, a entidade realizou uma grande mobilização de coletas de assinaturas para a elaboração de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular visando o fim da cobrança abusiva dos juros do crédito rotativo. O documento será encaminhado à Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal, em Brasília, nos próximos dias.
A possível aprovação do projeto é um alento para a atendente de vendas Betânia Nonato, 25, grávida de sete meses. Ela conta que se endividou ao emprestar o cartão de crédito para terceiros. "A pessoa fez compras com meu cartão, mas não me pagou. Hoje estou devendo R$ 1.300". Com os gastos para o enxoval do bebê, ela disse que não tem previsão para quitar os débitos e limpar seu nome, que foi parar no SPC. (AA)
A possível aprovação do projeto é um alento para a atendente de vendas Betânia Nonato, 25, grávida de sete meses. Ela conta que se endividou ao emprestar o cartão de crédito para terceiros. "A pessoa fez compras com meu cartão, mas não me pagou. Hoje estou devendo R$ 1.300". Com os gastos para o enxoval do bebê, ela disse que não tem previsão para quitar os débitos e limpar seu nome, que foi parar no SPC. (AA)
Fonte: O TEMPO