Falta de quórum ameaça aprovação do fim dos salários extras para os parlamentares
01 de Novembro de 2012
por: Adriana Caitano
Relator é obrigado a adiar a votação
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A sessão da comissão começou lotada, mas os deputados evaporaram |
A estratégia do relator ontem, portanto, foi votar outras 11 propostas de interesse coletivo, como a criação de universidades, para evitar reclamações. Após a aprovação das propostas consensuais, o projeto de decreto legislativo seria o próximo da lista, mas a sessão foi encerrada com a dispersão dos presentes. O presidente da comissão, Antônio Andrade (PMDB-MG), não tentou arriscar a votação. “Esse tem sido um projeto controverso na CFT, mas, mesmo que peçam, não vou tirá-lo da pauta até ser votado, a não ser que todos concordem”, garante.
Durante a sessão, dois deputados disseram ser a favor do projeto, mas não oficializaram requerimento para que a votação ocorresse ontem. “Eu também quero votar a proposta. Se quiserem votar agora, seria interessante, mas não tem quórum para segurar a sessão”, comentou Pauderney Avelino (DEM-AM). “A população está nos massacrando por causa dessa história, é uma questão de justiça, não temos que protelar mais”, acrescentou o deputado Toninho Pereira (PP-MG).
Quanto mais a votação da proposta é adiada, maior a chance de ser cumprida a vontade de alguns deputados que querem receber pelo menos as próximas duas parcelas do benefício. Nos corredores do Congresso, há comentários de que os dois salários extras que serão pagos no fim deste ano e no início do próximo, no total de R$ 53 mil para cada deputado, vão servir para sanar as dívidas de quem gastou com a disputa eleitoral nos municípios.
Fonte: Estado de Minas