Construção civil aquece o emprego na Grande BH

01 de Novembro de 2012

Construção civil aquece o emprego na Grande BH

 

O setor de construção civil vem impulsionando o emprego na região metropolitana de Belo Horizonte. Em setembro último, foram geradas 34 mil novas ocupações na capital e no entorno, em relação ao mesmo mês de 2011. Desse total, 17 mil estão na construção civil. Os dados constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Fundação João Pinheiro (FJP).

Segundo a coordenadora da PED em Belo Horizonte, Gabrielle Selani, na segunda semana de novembro o Dieese divulgará uma pesquisa que traça um perfil do setor de construção civil na região metropolitana. "Com o estudo será possível conhecer quem são esses trabalhadores e como eles estão divididos", disse. Resultados preliminares mostram que a maior concentração dos profissionais está em obras de prédios e condomínios.

A taxa de desemprego de Belo Horizonte se mantém como a mais baixa de sete regiões metropolitanas pesquisadas. No conjunto das sete, a taxa é de 10,9% (ante 11,1% em agosto). Já na região metropolitana de Belo Horizonte, o índice é de 5,1%, com 121 mil desempregados. Em setembro de 2011, a taxa de desemprego na região foi de 6,4%, com 151 mil desempregados. Em São Paulo, o desemprego está em 11,3% e, em Salvador, 19%.

Gabrielle Selani ressalta que a população economicamente ativa da região metropolitana vem crescendo. Em setembro, foram 4.000 a mais no mercado, em comparação com o mesmo mês de 2011. O índice é impulsionado também por jovens no primeiro emprego e inativos que voltaram ao trabalho, onde se incluem donas de casa e aposentados.

 

 
Rendimentos
Média dos salários é recuperada
O rendimento dos trabalhadores também foi recuperado na região metropolitana de Belo Horizonte. Em agosto de 2012, a média salarial era de R$ 1.394, contra R$ 1.360 em julho, um aumento de 2,5%. Em alta está ainda a parcela que atua com carteira assinada. Em setembro de 2012, eram 1,155 milhão de trabalhadores registrados, contra 1,114 milhão no mesmo mês de 2011.

Para o coordenador do curso de economia da Newton Paiva, Adriano Miglio, a tendência é de uma queda de 0,5 ponto percentual na taxa de desemprego na região metropolitana de Belo Horizonte até o fim do ano, quando são ampliadas as contratações no comércio.

"É o que chamamos de ‘efeito Natal’, quando é grande o índice de contratação de trabalhadores temporários", ressalta a economista Jane Noronha. Ela acredita, porém, que o quadro se altere no início de 2013, já que nem todos os trabalhos nessa área são mantidos. (AA)
Fonte: O TEMPO
 

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