Governo propõe competição para estimular telefonia no país

06 de Novembro de 2012

O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) funcionará como um impulsionador de investimentos no mercado de telecomunicações, na avaliação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. “As empresas vão se sentir estimuladas a fazer grandes investimentos”, disse Bernardo, destacando a importância do “feriado regulatório”, que permitirá às empresas usar com exclusividade, por nove anos, as redes construídas a partir de agora. “Se o cara tem uma rede antiga, vai ser obrigado a ceder passagem. Se tem uma rede novinha, tem o direito de usar e explorar sozinho. Isso com certeza vai empurrar as empresas a fazer esses investimentos”, explicou o ministro.

Na visão do mercado, embora a avaliação geral do PGMC seja positiva – com efeitos variando conforme a empresa –, seu impacto na previsão de investimentos será nulo. Em relatório a clientes, assinado por Dan Kwiatkowski e Maria Tereza Azevedo, o banco UBS diz que a “pausa regulamentar” vai proteger os investimentos estratégicos das empresas em fibra, mas diz não esperar mudanças nas previsões de “capex” (investimentos). O UBS avalia que as novas regras foram melhores do que o mercado temia, mesmo com a redução nos ganhos das teles após 2013.

Aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) na semana passada, o plano retirou das operadoras de telefonia pressões relacionadas ao risco regulatório e trouxe maior visibilidade sobre as empresas do setor, segundo analistas de mercado. Ontem, as ações do setor fecharam em direções opostas: TIM ON (ordinária, com voto) subiu 0,94%, enquanto as preferenciais (PN, sem voto) de Oi e Telefônica/Vivo caíram, respectivamente, 0,24% e 1,91%, em dia de queda de 0,30% no Ibovespa. Por causa dos ganhos menores, o Citi destacou que o PGMC terá impacto negativo nas ações.

 

Fonte: Estado de Minas

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