Estudo diz que rede social mudou consumo do internauta no Brasil
Quase 70% dos usuários recorrem à internet antes de comprar um produto
São Paulo. O desenvolvimento das redes sociais modificou o hábito de compras do brasileiro. Pesquisa do Ibope Media aponta que 69% dos internautas costumam recorrer à internet antes de comprar algo. E mais: 41% dos usuários de internet conversam com muitas pessoas antes de comprar um produto.
A pesquisa também afirma que 33% dos internautas acreditam que podem convencer alguém com suas opiniões, enquanto 51% dizem poder fornecer informações, caso sejam consultados.
O poder de influência é maior em relações mais próximas, como entre familiares e amigos, indica a pesquisa. Em segundo lugar, aparecem experiências individuais anteriores e, em terceiro, a mídia.
"A internet atua no processo de decisão como facilitadora da interação e provedora de informação", diz Juliana Sawaia, gerente de learning e insights do Ibope Media.
Atualmente, cerca de 60% da população brasileira tem acesso à web, segundo a mesma pesquisa. Em 2001, eram apenas 13%. No caso das redes sociais, 81% dos internautas as utilizam regularmente.
A pesquisa também diz que a utilização de mídias sociais tem crescido em função do acesso à internet por dispositivos móveis, como smartphones. O percentual de brasileiros que possuem esses aparelhos é de 21%, sendo 19% usuários de internet móvel.
PEQUENAS EMPRESAS. Alheias à importância das redes sociais na experiência de compra, as pequenas empresas estão longe de usá-las a seu favor. Segundo pesquisa feita pela Pitney Bowes, só 17% dos donos de pequenas empresas usam as redes sociais para o bem do negócio.
O estudo, com 750 pequenas, mostrou que o e-mail ainda é o principal canal de comunicação do negócio, com 46% dos entrevistados afirmando que o usam pela facilidade. Nem sempre, no entanto, o e-mail é usado como canal de marketing.
Em seguida, ainda aparecem os tradicionais telefone, com 22%, e mala direta, com 11%. A maioria nem citou as redes sociais como um canal primário de marketing - a ferramenta aparece com mais frequência em empresas com menos de dez anos e até dez funcionários. A pesquisa descobriu que 73% dos empresários não sabem medir a eficácia de e-mail marketing e 80% não têm ideia de como avaliar o retorno das ações com mala direta.
Fonte: O TEMPO