IPCA tem alta de 0,59% na Capital
O percentual foi o segundo maior de 2012, perdendo apenas para a taxa apurada em janeiro (2,60%)
ALISSON J. SILVA |
Os alimentos, mais uma vez, foram os responsáveis pela elevação dos preços |
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) registrou alta de 0,59% em outubro na Capital, avançando em relação a setembro quando houve elevação de 0,32%. O percentual foi o segundo mais alto de 2012, perdendo apenas para a taxa de janeiro (2,60%). No acumulado do ano, a inflação em Belo Horizonte está em 4,78% e nos últimos 12 meses chega a 5,84%. Os alimentos, mais uma vez, foram os responsáveis pela subida dos preços.
Dentre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, destacam-se as altas de 2,05% nos preços dos produtos do item alimentos industrializados, de 1,53% em alimentos elaboração primária e de 1,22% para alimentação em restaurante. No sentido oposto destaca-se a redução de 3,15% nos preços dos alimentos in natura. Apesar da queda de preços em outubro, este item acumula maior inflação do ano dentre os que compõem ao índice do Ipead. Entre janeiro e outubro, os preços dos alimentos in natura subiram 20,21% na Capital e, nos últimos 12 meses, 25,03%.
Mas os produtos que mais contribuíram para o aumento da inflação foram as excursões (12,11%), passagens aéreas (11,94%), refeição (0,98%), gasolina (0,86%) e lanche (2,09%). Do outro lado ficaram os automóveis usados, cujos preços baixaram 1,40%, o tomate (-12,11%), gás de botijão (- 1,27%), cenoura (-25,74%) e banana prata (-6,95%).
Juros - O resultado da pesquisa do Ipead para os juros cobrados pelas instituições financeiras para empréstimos para pessoas físicas em Belo Horizonte mostra, mais uma vez, que não houve variação no caso do cartão de crédito. O dinheiro de plástico, a forma de parcelamento mais utilizada pelos consumidores da cidade, está com juros de 12,81% ao mês, em média, mas o ágio varia entre 11,90% a 13,95%, de acordo com o banco. Já os juros do cheque especial caíram 1,29% em outubro, ficando em 7,65%, com oscilações mais acentuadas, que vão de 4,12% a 9,61% ao mês, diferença de 133,25% de uma instituição para outra.
Para pessoas jurídicas, o crédito mais caro é o da conta garantida, de 4,13% ao mês. Para capital de giro os juros estão em 2,05%, em média, mas é preciso estar atento para a diferença entre as instituições financeiras, já que a variação pode chegar a 538,30%, oscilando de 0,94% a 6% ao mês. Vale ressaltar que os juros da conta garantida subiram 1,23% entre setembro e outubro, enquanto para capital de giro foi registrada queda de 3,30%, assim como no casos dos descontos de duplicatas, cujo ágio caiu 4,40%, ficando entre 0,91% a 3,14% ao mês, dependendo do banco.
Cesta - Ainda segundo a pesquisa do Ipead, um trabalhador gastou R$ 295,55 para se alimentar em Belo Horizonte no mês de outubro, o que representa queda de 0,05% em relação a setembro. Ainda assim, o valor da cesta básica corresponde a 47,52% do piso salarial do mês.
Dentre os alimentos pesquisados pelo Ipead, a maior variação positiva foi verificada no preço do arroz, que aumentou 6,18% no mês passado, seguido pelo óleo de soja (3,36%) e farinha de trigo (2,31%). Em sentido inverso, foi verificada queda de 5,93% nos preços do tomate, de 3,76% na banana caturra e de 1,75% na batata inglesa.
Fonte: DIário do Comércio