Tarifas bancárias variam até 258% em Belo Horizonte

09 de Novembro de 2012
por: Geórgea Choucair

Apesar de diferença nos custos cobrados pelas instituições financeiras, levantamento mostra que, dos 30 serviços pesquisados em nove bancos, 15 registraram queda de preço

 

O descuido com o valor dos serviços cobrados pelos bancos pode sair caro para o consumidor. Tarifas para manutenção de conta corrente, poupança e transferência de recursos podem variar até 258,6%. Os dados são de pesquisa do Procon Assembleia que este mês comparou preços em nove bancos. O levantamento também aponta que, das 30 tarifas pesquisadas, 15 sofreram redução, 12 apresentaram alta e apenas três permaneceram estáveis em comparação com novembro do ano passado.

As maiores variações foram registradas no fornecimento de extrato mensal de conta, que pode custar de R$ 1,45 a R$ 5,20. A confecção de cadastro para início de relacionamento custa de R$ 28,50 a R$ 100, variação de 250,8%. O valor cobrado para transferências entre contas da mesma instituição também assusta, varia de R$ 1 a R$ 3. Parece pouco, mas a variação é de 200%. Já o desembolso para exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundos varia 136%, podendo custar de R$ 22 a R$ 52. “A competição entre bancos cresceu e as instituições não querem perder clientes. É importante que o consumidor saiba usar os serviços, entenda quanto eles custam e barganhe com o banco”, alerta Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Entre as tarifas dos bancos que tiveram alta no último ano, duas deles cresceram acima da inflação. O fornecimento mensal de extrato de conta registrou alta de 8,4% e a concessão de adiantamento a depositante acelerou 7%. Já as principais quedas foram observadas no fornecimento de segunda via do cartão de débito (-7,35%) e confecção de cadastro (-6,11).

Clareza

O gerente de loja Rafael França diz que observa bem o valor cobrado pelos bancos. Atualmente, ele paga a taxa de R$ 19 para manutenção da conta e diz que já desistiu de ser cliente de um banco devido aos altos valores cobrados. “Ia trabalhar para pagar taxas bancárias.” O relações públicas Emilson Souza Filho considera que a informação deveria ser mais clara e fácil para o consumidor. “As taxas cobradas pelos serviços fazem diferença no fim do ano e nem sempre é simples descobrir qual o valor da tarifa.”

Margareth Maria Silva, coordenadora de pesquisa do Procon Assembleia, observa que no último ano houve um equilíbrio entre os reajustes e quedas nos valores adotados pelas instituições financeiras. “Observamos que quando os bancos reduzem uma taxa geralmente aumentam o preço de outra.” Segundo ela, no ano anterior ( 2011 em comparação a 2010), as reduções foram menores, o que ela credita a política do governo de redução das taxas de juros e maior competição entre as instituições. Miguel Oliveira, da Anefac, lembra que os preços das tarifas são livres e, por isso, o consumidor deve ser cuidadoso. “É importante que o consumidor crie o hábito de negociar com os bancos para conseguir reduções nos valores.”

 

 

Fonte: Estado de Minas

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