Presentes de Natal serão comprados com 13º salário
Empresários estão otimistas e esperam o melhor fim de ano dos últimos tempos
Em Belo Horizonte, entre os trabalhadores que recebem o 13º salário, cerca de 35,5% planejam gastar o dinheiro com compras de Natal. Quitar dívidas e fazer investimentos ficam para segundo plano, e a expectativa dos lojistas é que o Natal impulsione a arrecadação do comércio varejista da capital.
Os empresários, empolgados pelo otimismo das pessoas para comprar, estão investindo em artifícios para cativá-las. Acessibilidade, variação do mix de produtos, decoração das vitrines e estacionamento são alguns dos fatores que mais influenciam as pessoas no momento da compra. Entretanto, o preço mais baixo, para 31,9% dos consumidores, é o diferencial para a escolha do local da compra.
Apenas em Belo Horizonte, o 13º salário irá injetar R$ 12,5 bilhões na economia. Entretanto, mesmo disposto a comprar, em 62,3% dos casos o consumidor planeja investir em presentes com preços mais acessíveis, com valores médios variando entre R$ 30 e R$ 100. "As pessoas demonstram que comprarão mais, na comparação com o ano passado, com valores menos expressivos. Os presentes mais caros estão perdendo espaço", explica o economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio Minas), Gabriel de Andrade Ivo.
De acordo com dados da Fecomércio Minas, atualmente, 70% dos consumidores da capital têm dívidas.
Desses, cerca de 5,7% estão inadimplentes. "No Natal, muitas vezes a vontade de consumir fala mais alto, e as pessoas, mesmo endividadas, acabam gastando em compras", explica.
Fonte: O TEMPO