Consumo interno impede retração da economia em abril
A economia brasileira não cresceu, mas também não se contraiu em maio, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta segunda-feira (25). A razão que impediu uma retração da geração de riquezas do País foi o consumo das famílias.
Na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês do ano passado, houve uma leve alta de 0,6% na atividade econômica. Com isso, entre janeiro e abril deste ano, a economia brasileira cresceu 0,8% em relação aos primeiros quatro meses de 2011.
O resultado do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas do País) tendia a ficar no vermelho por causa da queda de 2,6% na atividade produtiva da indústria, o que praticamente anula a alta de 2,8% obtida em março.
De acordo com a Serasa, o agravamento da crise financeira internacional afeta diretamente o setor industrial, “mais exposto às turbulências externas”. Ao mesmo tempo, a crise atrapalha os planos dos empresários de investir no País.
Também tiveram desempenhos ruins o consumo do governo, 0,5% menor em abril; investimentos, queda de 0,6%; vendas para o exterior (exportações), recuo de 4,2%; e as importações (compras de outros países), que aumentaram 2% em abril.
Por outro lado, a agropecuária e o setor de serviços tiveram crescimento de 0,5% e 0,4%, respectivamente, na comparação com março.
O consumo das famílias, no entanto, foi o responsável por impedir uma redução do PIB. As compras de produtos e serviços dentro do País cresceram 0,4% em relação a março. As baixas taxas de desemprego e o aumento ganho real do brasileiro alavancaram as compras, já que o calote e o endividamento ajudam a reduzir a eficiência do barateamento do crédito ao consumidor.
Fonte: R7