Procon divulga lista com 200 lojas online pouco confiáveis

29 de Novembro de 2012
por: Juliana Gontijo

Especialistas chamam a atenção para os riscos do comércio eletrônico

 

O Procon-SP reuniu em uma lista 200 nomes de sites de comércio eletrônico não recomendados a consumidores com intenção de fazer compras na internet. Segundo a entidade, foram incluídas na lista páginas com reclamação pela falta de entrega de produtos e que não responderam aos clientes. Os nomes estão disponíveis na página do Procon na internet (www.procon.sp.gov.br), com informações como endereço eletrônico, razão social e se estão "fora do ar" ou "no ar".

O Procon afirma não ter encontrado registro dos endereços em órgãos oficiais como Receita Federal, Junta Comercial e no cadastro de domínio da internet. As páginas foram denunciadas ao Departamento de Polícia e Proteção à Pessoa (DPPC) e ao Comitê Gestor da Internet (GGI), responsável por controlar o registro dos domínios no país. O diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, afirma que mais importante que a denúncia, é o consumidor consultar a lista antes de fechar uma compra na internet, para assim evitar prejuízos.

Elogios. A listagem foi elogiada por especialistas e consumidores. O advogado Frederico Damato, sócio da Amaral & Damato Advogados, ressalta que as informações fornecidas no site do Procon-SP servem como uma ferramenta preventiva, ajudando o consumidor a não cair em ciladas. "Antes de fazer qualquer compra, é importante buscar informações sobre a empresa em sites e com outros consumidores. Ter precaução dá trabalho, mas é bem melhor do que remediar", aconselha.

O coordenador do curso de direito da Newton Paiva, Emerson Luiz de Castro, também apoiou a iniciativa do Procon. "É uma referência importante para o consumidor que gosta de comprar pela internet", diz.

Ele ressalta que antes de fechar o negócio em uma das diversas lojas do mundo virtual, é preciso verificar se o site oferece segurança e não apenas o preço. "Aliás, desconfie se a oferta for mirabolante, bem abaixo do que é cobrada por outras empresas", observa.

Para a perita Flávia Armani, a iniciativa de elaborar uma lista é excelente. "Vai facilitar a vida dos internautas", diz.

Ela conta que gosta de comprar pela internet. "É cômodo. E ainda há a vantagem de fazer a pesquisa de preços de forma rápida", observa. Entre as diversas compras online que fez, Flávia teve três experiências ruins. "Comprei, paguei e não recebi os produtos. Com isso, aprendi a ter mais cuidado", diz. (Com agências)
 
Compra coletiva está desagradando
Site de compra coletiva é uma opção descartada pela advogada Ana Luísa de Souza Beleza. "Não compro mais", diz. Ela conta que em novembro do ano passado comprou um mininotebook, que só foi entregue em fevereiro de 2012. Não bastasse o atraso na entrega, o produto veio com defeito, verificado dois dias depois. "Em março, mandei para a assistência técnica, pelo correio, para uma cidade do interior, mas até hoje estou sem o produto", reclama.

Ana Luísa ressalta que procurou a empresa e que a primeira justificativa para o atraso foi a greve dos Correios. "Em outro e-mail, a justificativa da demora para o produto ser entregue foi o excesso da demanda do Natal", diz.

Outros contatos foram feitos, depois que o produto foi para a assistência técnica. "Vou esperar até dezembro. Se não resolver, vou ingressar na Justiça", diz. (JG)
Fonte: O TEMPO

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