Mineiras dedicam quatro horas por dia a tarefas domésticas
29 de Novembro de 2012
por: Tâmara Teixeira
Empregadas mais caras e raras fazem crescer tempo em trabalhos no lar
As mulheres mineiras são as que mais se dedicam às atividades domésticas na comparação com os outros Estados do Sudeste. Por semana, são 28,1 horas, em média, contra 11,1 horas dos homens. Há dois anos eram 26,3 horas, contra 9,8. O índice nacional feminino é de 27,7 horas semanais. Os dados são da pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Diariamente, as mineiras dedicam cerca de quatro horas às tarefas de casa. Segundo a demógrafa Luciene Longo, o comportamento não surpreende e está relacionado a uma questão econômica.
"Encontrar uma empregada doméstica ou diarista está cada dia mais difícil e o serviço é caro. Por isso, as mulheres acumulam essa tarefa no dia a dia", avalia. De acordo com o estudo, entre 2001 e 2011, cerca de 200.000 domésticas deixaram a profissão.
Aos 50 anos, a balconista Solange da Silva optou por assumir os serviços de casa por uma opção financeira. "E quatro horas por dia ainda é pouco. Preciso me dividir e me organizar para conseguir sem a ajuda de uma profissional. Meu marido viaja muito e, por isso, quase não me ajuda", afirma.
Creche. O estudo também mostra como ter uma creche onde deixar os filhos é decisivo para que as mães possam trabalhar. Segundo os dados, 71,7% das mineiras com mais de 16 anos que têm filhos de 0 a 3 anos na creche trabalham. Quando as criança não estão na escolinha, o índice de empregabilidade cai para 43,9%.
A fisioterapeuta Flávia Cassemiro, 37, trabalha em dois locais diferentes, um de manhã e outro à tarde. Para ela, se não fosse a escolinha para Artur, 1, seria impossível manter o emprego. "Se não fosse dessa forma, não ia manter os empregos. Ele vai à creche desde os 6 meses, foi assim com a minha filha mais velha também".
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a capital tem 7.000 alunos na fila por uma vaga em creche.
Diariamente, as mineiras dedicam cerca de quatro horas às tarefas de casa. Segundo a demógrafa Luciene Longo, o comportamento não surpreende e está relacionado a uma questão econômica.
"Encontrar uma empregada doméstica ou diarista está cada dia mais difícil e o serviço é caro. Por isso, as mulheres acumulam essa tarefa no dia a dia", avalia. De acordo com o estudo, entre 2001 e 2011, cerca de 200.000 domésticas deixaram a profissão.
Aos 50 anos, a balconista Solange da Silva optou por assumir os serviços de casa por uma opção financeira. "E quatro horas por dia ainda é pouco. Preciso me dividir e me organizar para conseguir sem a ajuda de uma profissional. Meu marido viaja muito e, por isso, quase não me ajuda", afirma.
Creche. O estudo também mostra como ter uma creche onde deixar os filhos é decisivo para que as mães possam trabalhar. Segundo os dados, 71,7% das mineiras com mais de 16 anos que têm filhos de 0 a 3 anos na creche trabalham. Quando as criança não estão na escolinha, o índice de empregabilidade cai para 43,9%.
A fisioterapeuta Flávia Cassemiro, 37, trabalha em dois locais diferentes, um de manhã e outro à tarde. Para ela, se não fosse a escolinha para Artur, 1, seria impossível manter o emprego. "Se não fosse dessa forma, não ia manter os empregos. Ele vai à creche desde os 6 meses, foi assim com a minha filha mais velha também".
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a capital tem 7.000 alunos na fila por uma vaga em creche.
Fonte: O TEMPO