Não falta homem na capital

29 de Novembro de 2012
por: Tâmara Teixeira

Especialistas dizem que eles são mais suscetíveis à morte por fatores externos

 

A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, ao contrário da fama de que Belo Horizonte é a cidade das mulheres, não há escassez de homens na capital. A cidade ocupa o segundo lugar no ranking nacional da proporção dos sexos: são 94,2 homens para cada cem mulheres, entre 20 e 39 anos. A média brasileira é de 94,7. Em primeiro lugar está Curitiba, com 95,8.

De acordo com o levantamento, as regiões metropolitanas com menos homens são Salvador e Rio de Janeiro, com 85,3 e 88,9 representantes para cada cem mulheres.
Para Luciene Longo, demógrafa do IBGE, os dados mostram que a percepção de vantagem numérica do sexo feminino é uma lenda. "É normal ter uma leve predominância de mulheres nessa faixa etária, mas nada exagerado. É porque os rapazes morrem mais por causas externas, como acidentes, do que as mulheres", explica.

Já a socióloga da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Neuma Aguiar afirma que o elevado número de homens em Belo Horizonte pode ser explicado pelas oportunidades de trabalho, mais voltadas para o público masculino. "O normal é se ter muito mais mulheres que homens em toda a população brasileira, porque a expectativa de vida do sexo feminino é maior. Os homens podem estar migrando do interior para a capital", justifica.

Percepção. Apesar dos números, a secretária Kênia Ferreira, 26, acredita que a cidade tem, sim, muito mais mulheres que homens. "A todos os lugares que vou à noite, em bares ou boates, sempre tenho essa sensação, de que tem muito mais mulheres. Isso me incomoda muito, é até difícil paquerar. Às vezes, até no trabalho há essa discrepância", reclama.

A corretora de seguros Grazielle Rodrigues, 29, reforça o coro da ‘falta de homens’. "Belo Horizonte é a cidade das mulheres. Nós somos mesmo a maioria, mas isso acaba não sendo ruim para a cidade, porque nós, mulheres, somos mais organizadas", avalia.

O estudante Luan Teixeira, 21, se diz satisfeito com a proporção dos sexos na capital. "Eu acho ótimo. Temos muito mais opção para a paquera sempre que saímos", disse o estudante. (Com Joana Suarez e Natália Oliveira)



 

 

Fonte: O TEMPO

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