Salário extra chega hoje e tem destino certo: pagar dívidas
30 de Novembro de 2012
por: Ana Paula Pedrosa
Com crédito após liquidar pendências, consumidor deve gastar mais
Chegou o dia tão esperado por grande parte dos trabalhadores. Hoje é a data limite para as empresas pagarem a primeira parcela do 13º salário, benefício que deve injetar R$ 139,9 bilhões na economia brasileira, de acordo com os cálculos da agência classificadora de risco Austin Rating com base em estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Com o dinheiro extra no bolso, 61% dos trabalhadores devem quitar suas dívidas totalmente ou em parte, mostra um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). No ano passado, esse percentual era de 60% e em 2010, os que gastaram o salário extra no pagamento de dívidas eram 57%. A disposição em terminar o ano com as contas em dia não significa, porém, que o consumidor não pretende sair às compras no Natal. "Quando o consumidor limpa o nome, ele restabelece o crédito para poder comprar mais", diz o diretor executivo de estudos financeiros da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) tem expectativa semelhante. "O consumidor vai aproveitar a primeira parcela para quitar dívidas e voltar a consumir", aposta a economista da entidade, Ana Paula Bastos. Para ajudar quem quer regularizar o nome, a CDL-BH está realizando uma campanha de recuperação de crédito que já renegociou dívidas de cerca de 10 mil pessoas desde segunda-feira. Os descontos para pagamento à vista chegam a 48%.
O líder da área de varejo da Deloitte, Reynaldo Saad, diz que a hora é boa para renegociar dívidas porque o varejo faz campanhas de renegociação e porque o consumidor está com dinheiro no bolso. "Não é que o consumidor vai deixar de comprar porque isso é impossível no Natal, mas ele vai comprar com mais cautela", afirma.
Ele diz ainda que o consumidor pode trocar dívidas mais caras, como as de cartão de crédito, por outras que tenham juros menores, como um crédito direto ao consumidor (CDC), por exemplo.
Compras e poupança. A pesquisa da Anefac mostra ainda que 16% dos consumidores irão destinar o 13º às compras. O diretor da Anefac, Miguel Oliveira, diz que é preciso ainda tomar cuidado para não gastar mais do que pode nas lojas. Caso contrário, o consumidor corre o risco de voltar a se endividar.
Os gastos de início de ano (impostos e despesas escolares) serão o destino do 13º de outros 12% dos trabalhadores e 3% pretendem poupar a parte que sobrar. Esses percentuais são iguais aos apurados no ano passado e em 2010.
Com o dinheiro extra no bolso, 61% dos trabalhadores devem quitar suas dívidas totalmente ou em parte, mostra um estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). No ano passado, esse percentual era de 60% e em 2010, os que gastaram o salário extra no pagamento de dívidas eram 57%. A disposição em terminar o ano com as contas em dia não significa, porém, que o consumidor não pretende sair às compras no Natal. "Quando o consumidor limpa o nome, ele restabelece o crédito para poder comprar mais", diz o diretor executivo de estudos financeiros da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) tem expectativa semelhante. "O consumidor vai aproveitar a primeira parcela para quitar dívidas e voltar a consumir", aposta a economista da entidade, Ana Paula Bastos. Para ajudar quem quer regularizar o nome, a CDL-BH está realizando uma campanha de recuperação de crédito que já renegociou dívidas de cerca de 10 mil pessoas desde segunda-feira. Os descontos para pagamento à vista chegam a 48%.
O líder da área de varejo da Deloitte, Reynaldo Saad, diz que a hora é boa para renegociar dívidas porque o varejo faz campanhas de renegociação e porque o consumidor está com dinheiro no bolso. "Não é que o consumidor vai deixar de comprar porque isso é impossível no Natal, mas ele vai comprar com mais cautela", afirma.
Ele diz ainda que o consumidor pode trocar dívidas mais caras, como as de cartão de crédito, por outras que tenham juros menores, como um crédito direto ao consumidor (CDC), por exemplo.
Compras e poupança. A pesquisa da Anefac mostra ainda que 16% dos consumidores irão destinar o 13º às compras. O diretor da Anefac, Miguel Oliveira, diz que é preciso ainda tomar cuidado para não gastar mais do que pode nas lojas. Caso contrário, o consumidor corre o risco de voltar a se endividar.
Os gastos de início de ano (impostos e despesas escolares) serão o destino do 13º de outros 12% dos trabalhadores e 3% pretendem poupar a parte que sobrar. Esses percentuais são iguais aos apurados no ano passado e em 2010.
Gastos devem ser menores neste ano
Os consumidores devem gastar menos neste Natal. De acordo com pesquisa da consultoria Deloitte, 50% dos compradores vão destinar entre R$ 10 e R$ 30 para cada presente. Em 2011, o gasto médio ficou entre R$ 50 e R$ 99, de acordo com o levantamento. E, antes de comprar, 55% dos consumidores farão pesquisas de preços. Para o líder da área de varejo da Deloitte, Reynaldo Saad, esse comportamento contrasta com o "conhecido otimismo" do brasileiro e revela maturidade. "É um sinal de que o consumidor está amadurecendo na forma de gastar e pensando mais em longo prazo", avalia.
Outra pesquisa, da Anefac, também mostra mais cautela. Segundo o levantamento, 76% das pessoas gastarão até R$ 500 com as compras de Natal. Os que vão gastar mais do que esse valor são 24% e no ano passado eram 28%.
Já a CDL-BH está otimista e aposta em vendas de 7% a 9% maiores, com faturamento de R$ 2,9 bilhões em dezembro. (APP)
Outra pesquisa, da Anefac, também mostra mais cautela. Segundo o levantamento, 76% das pessoas gastarão até R$ 500 com as compras de Natal. Os que vão gastar mais do que esse valor são 24% e no ano passado eram 28%.
Já a CDL-BH está otimista e aposta em vendas de 7% a 9% maiores, com faturamento de R$ 2,9 bilhões em dezembro. (APP)
Fonte: O TEMPO