Taxa de juros para pessoa física é a menor em 18 anos

30 de Novembro de 2012
por: Ísis Mota

Índice cai a 35,4%; no ano, a redução esbarra em dez pontos percentuais

 

Em 1994, quem dependia de empréstimo bancário no Brasil pagava juros de mais de 217% ao ano. Isso significa, nunca conta simples, que quando uma dívida de R$ 2.000 fizesse aniversário, ela já teria se transformado em R$ 6.340. Hoje, esse mesmo consumidor paga, em média, 35,4% ao ano.

É a menor taxa de juros para a pessoa física em 18 anos, segundo levantamento do Banco Central (BC) divulgado ontem. Na esteira dos esforços do governo para reduzir o custo do dinheiro, a taxa voltou a cair em outubro, depois de uma leve alta no mês anterior. A redução desde o início do ano já chega a quase 10 pontos percentuais.

Além da força-tarefa do governo para baixar os juros, o consumidor parece estar aprendendo a identificar o dinheiro mais barato. "Ao longo do ano, em modalidades com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, o volume do crédito concedido tem crescido menos do que modalidades mais baratas, como crédito pessoal e consignado (com desconto em folha). Isso tem contribuído para reduzir os juros médios", avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel.

Para ele, houve um "longo debate na mídia" sobre o tema, o que gerou reflexão por parte da população. "Tivemos relatos de negociações e isso deve ter contribuído para que o consumidor buscasse opções mais favoráveis". A inadimplência ficou estável em 7,9%. (Com agências)
Brasileiro sai "do vermelho"
SÃO PAULO. O número de brasileiros que procuraram os credores para pagar dívidas em atraso e sair do vermelho bateu recorde neste ano, segundo levantamento realizado pela Serasa Experian. De janeiro a outubro, mais de 16 milhões de consumidores tiveram seus nomes limpos, o que representa um aumento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

A quantidade de pessoas que entraram na lista vermelha dos inadimplentes nos primeiros dez meses do ano, contudo, atingiu 21,5 milhões, um crescimento acumulado de 9,5%.
"O bom momento vivido pelo mercado de trabalho, com as taxas de desemprego em patamares baixos e ganhos salariais acima da inflação, está motivando as pessoas a quitar suas dívidas", afirma Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian.
 
Mutirão. Termina hoje a campanha para limpar o nome da Câmara de Dirigentes Lojista, na sede da entidade (avenida João Pinheiro, 496, em Belo Horizonte).
Alta está dentro do esperado
Brasília. A expansão do estoque de crédito em 12 meses passou de 15,8% até setembro para 16,6% até outubro, resultado em linha com a projeção de 16% do Banco Central (BC) para o ano, disse o diretor Tulio Maciel.

"Voltamos para um patamar mais elevado, porque setembro era um mês atípico em número de dias úteis e houve a greve dos bancários". Maciel afirmou que tanto o crédito livre quanto o direcionado mostraram expansão. "Temos informações de ampliação das consultas ao BNDES, indicativo de que os empréstimos ao final do ano tendem a mostrar crescimento mais acentuado do que ao longo do ano".
Fonte: O TEMPO

Avenida Amazonas, 491, sala 912, CEP: 30180-001, Belo Horizonte/MG - Telefone: (31) 3110-9224 | (31) 98334-8756