IGP-M tem deflação de 0,03% em novembro

30 de Novembro de 2012

São Paulo - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), encerrou novembro com deflação (-0,03%) e bem abaixo da variação registrada em igual mês do ano passado (0,5%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa ficou em 6,96%, indicando um decréscimo em comparação ao resultado de outubro (7,52%).

Essa taxa referente ao período de um ano é a utilizada como base de cálculo para corrigir o valor do aluguel nas renovações dos contratos de locação. No acumulado do ano, o IGP-M apresentou alta de 7,09%, ligeiramente abaixo do registrado em outubro último (7,12%).

Os analistas econômicos ouvidos pelo Banco Central (BC), para a elaboração do boletim Focus, reduziram a previsão do IGP-M para o encerramento do ano de 7,57% para 7,55%, segundo a projeção mais recente, publicada, no último dia 26.

A variação do índice em novembro foi influenciada, principalmente, pelos preços no atacado de alimentos processados que passaram de uma alta de 0,74% para -0,79%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou recuo de 0,19% ante uma variação em queda de 0,2%. Caíram também algumas cotações no segmento commodities como café (de 1,14% para -4,68%); arroz em casca (de 9,87% para 0,9%) e mandioca (de 16,94% para 5,98%).

Em sentido oposto, o movimento foi de recuperação de preços da soja em grão (de -6,5% para -3,5%); milho em grão (de -3,87% para 4,11%) e minério de ferro (de -5,91% para -3,46%).

Componente da taxa, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu para 0,33% ante 0,58% em novembro. A principal contribuição para a desaceleração do IPC veio do grupo alimentação, que variou de 1,08% para 0,08% no período. Nessa classe de despesas o destaque ficou com o item carnes bovinas (de 3,05% para -1,06%), hortaliças e legumes (de -6,34% para -11,98%) e arroz e feijão (de 6,36% para 1,91%).

Já os itens que exerceram as maiores influências negativas no IPC foram tomate (de -19,44% para -31,67%), cebola (de 4,62% para -11,50%), cenoura (de -18,85% para -17,02%), batata-inglesa (de 13,93% para -5,98%) e carne moída (de 3,35% para -3,65%).


INCC - No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que passou de 0,24% em outubro para 0,23% em novembro, as maiores influências positivas ficaram com ajudante especializado (de estabilidade para alta de 0,24%), servente (de estabilidade para 0,28%), engenheiro (de 0,09% para 0,43%), elevador (de 0,71% para 0,39%) e condutores elétricos (de 2,12% para 1,38%).

As influências negativas no período vieram de vergalhões e arames de aço ao carbono (de 0,07% para -0,19%), gesso (de 0,11% para -0,28%), carreto para retirada de entulho (de 0,94% para -0,17%), pias, cubas e louças sanitárias (de 0,59% para -0,04%) e placas cerâmicas para revestimento (de 0,52% para -0,02%). (ABr e AE)

Avenida Amazonas, 491, sala 912, CEP: 30180-001, Belo Horizonte/MG - Telefone: (31) 3110-9224 | (31) 98334-8756