Trabalho pela paz pode garantir vaga no Conselho de Segurança

26 de Junho de 2012
por: Bruno Moreno

BONN (Alemanha) – A campanha do Brasil por um assento no Conselho de Segurança da Onu recebeu apoio, nesta segunda-feira (25), de especialistas que participaram do painel “Diálogo Intercultural nas mudanças da Governança Global”, que faz parte do Forum Global de Mídia da Deutsche Welle, em Bonn, na Alemanha. Entretanto, caso consiga uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil terá que, efetivamente, trabalhar em prol da paz mundial, advertiram os especialistas.
 
O desejo do Brasil vai ao encontro da necessidade de uma reforma ampla no sistema das Organizações Unidas, o que é requisitado por praticamente todos os países que não têm voz ativa na ONU. Na prática, a organização mundial é comandada por poucos países, principalmente quando o assunto é a paz mundial.

Atualmente, apenas cinco nações são membros permanentes do Conselho de Segurança da Onu – China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido. Outros dez países-membros compõem o Conselho, de forma rotativa. Em 31 de dezembro do ano passado acabou o décimo mandato – de dois anos –  do Brasil no Conselho.
 
“Nós queremos legitimidade (com a reforma da ONU e, consequentemente, mais países como membros permanentes do Conselho de Segurança), mas também queremos efetividade para que de fato se interfira nos problemas do mundo”, afirmou Philani Mthembu, do departamento de Políticas Globais da Universidade de Berlim.
 
Ainda segundo Mthembu, é fundamental considerar as questões regionais. “O desafio específico não é criar uma governança única. Temos que entender as diferenças locais”, enfatizou. Quando se fala em governança global, além do sistema ONU, há a referência em relação às instituições que não são nem do setor privado nem estatal, e, ao mesmo tempo, não são Organizações Não-Governamentais, mas que têm atuação em todos esses atores globais. Além da ONu, um exemplo é o Banco Mundial.
 
Até a próxima quarta-feira, cerca de 1.800 participantes de 100 países participarão do fórum em Bonn, que tem como tema “Cultura. Educação. Mídia – Construindo um mundo sustentável”.
 
* O repórter foi selecionado pela Comissão Alemã da Unesco e pela Deutsche Welle para participar do evento.

 

Fonte: Hoje em Dia

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