IPCA tem alta de 0,43% na Capital

05 de Dezembro de 2012
por: Aparecida Lira

Em novembro, o índice apresentou recuo ante percentual apurado em outubro, quando fechou em 0,59%

 

A inflação em Belo Horizonte em novembro ficou em 0,43%, segundo dados divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead).  exatamente o mesmo aumento verificado em novembro do ano passado (0,43%), e abaixo do de outubro, quando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 0,59% na capital mineira. No acumulado do ano, a taxa em BH está em 5,23%, enquanto que nos últimos 12 meses a variação é um pouco maior, 5,84%.

Os preços subiram puxados especialmente pelos alimentos industrializados (1,38%) e alimentos de elaboração primária (1,24%). Por outro lado, o único item com variação negativa no mês foi o dos alimentos in natura, cujos preços ficaram 2,89% mais baixos. Levando em conta a inflação da comida de restaurantes (0,71%) e das bebidas servidas em bares (0,28%), o que se constata é que o grupo alimentação teve uma inflação de 0,73% em novembro, contra 0,37% dos produtos não alimentares. A diferença do IPCA dos dois grupos ao longo de 2012 também segue no mesmo sentido: enquanto os alimentos tiveram alta de 9,13% no ano, a lista de produtos não alimentares subiu a metade, 4,56%.

As maiores influências para o crescimento do IPCA de novembro vieram das excursões, com aumento de preços de 7,02%, refeição (0,99%), condomínio (1,15%), gasolina (0,78%) e passagem aérea (4,87%). Do outro lado da balança, o tomate, com queda de preço de 27,17%, contribuiu para que o índice deixasse de subir mais, assim como os automóveis novos (-0,53%), automóveis usados (-1,58%), melancia (-13,17%) e cebola (-11,93%).


Juros - Na ponta do consumo, ainda é tímida a queda das taxas de juros em Belo Horizonte, um alerta para que o consumidor seja racional e seletivo nas compras de final de ano. Mais uma vez não houve variação no ágio dos cartões de crédito, cujos juros se mantém, em média, em 12,81% ao mês, com variação de 11,90% a 13,95% de acordo com a instituição.

A pesquisa do Ipead detectou ainda um ligeiro aumento, de 0,26%, nos juros do cheque especial, que em novembro ficou em 7,67% na média, com oscilações de 4,11% a 9,61%, uma diferença de 134% de um banco para outro. O que também chama a atenção no penúltimo mês do ano é a elevação de 2,15% nas taxas de juros cobradas pelas financeiras independentes, instituições que cobram juros de 9,63% a 14,28% ao mês, com média de 12,34%.

Para pessoas jurídicas, houve queda de 0,57% nos juros para desconto de duplicatas, que encerraram novembro em 1,73% (variação de 0,91% a 3,28%). Da mesma forma, foi constatada redução de 0,98% nos empréstimos para capital de giro, cujos juros ficaram em 2,03%. Neste caso vale a pena procurar o banco com menor ágio, já que a oscilação de uma instituição para outra chega a quase 495% (0,96% a 5,71%). A pesquisa do Ipead mostra também que não houve variação nos juros da conta garantida, que ficaram em 4,13% em média, começando em 1,17% e chegando a 7,55% ao mês.


Cesta - O custo da cesta básica apresentou variação negativa de 3,84% entre outubro e novembro. O valor da cesta, em novembro, foi de R$ 284,20, o que corresponde a 45,69% do piso salarial do mês. Em outubro ela ficou em R$ 295,55. O alimento que teve maior variação negativa de preço foi o tomate Santa Cruz, com queda de 35,26%, seguido pela banana caturra (-8,82%) e feijão carioquinha (-3,57%). Já os produtos que mais subiram foram a chã de dentro, com alta de 3,29%, o pão francês (2,12%) e a manteiga (1,60%).

 

Fonte: Diário do Comércio

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