Vender imóvel sem imobiliária é 14 dias mais rápido
Tempo médio para a venda sem intermediação é de oito meses e dez dias
Quem vende um imóvel sozinho consegue fechar o negócio mais rápido do que quem busca o auxílio de uma imobiliária. Essa é uma das conclusões de uma pesquisa da ProTeste sobre o mercado imobiliário. De acordo com a entidade, quem comanda diretamente a venda leva 8 meses e dez dias para encontrar um comprador, 14 dias a menos do que aqueles que contaram com ajuda profissional.
O levantamento mostra ainda que o fato de ser anunciado por uma imobiliária não aumenta o número de visitas ao imóvel. Segundo a ProTeste, tanto a venda direta, quanto a venda intermediária, levaram seis interessados, em média, a cada imóvel.
A maior parte das pessoas que negociam diretamente com o proprietário quer fugir do pagamento da comissão do corretor. "As pessoas compram por meio da imobiliária somente se não tiverem outra forma de contato com o proprietário", diz a coordenadora do estudo, Renata Pedro. De acordo com o levantamento, em média, a comissão equivale a 5,75% do valor da venda.
O diretor da Câmara do Mercado Imobiliário (CMI/Secovi), Jamerson Albuquerque Leal, diz que é muito comum o proprietário colocar o imóvel à venda e depois concretizar o negócio sozinho. "Não há estatística, mas é um problema frequente", garante.
Ele diz que o mais comum é a imobiliária localizar o imóvel para o cliente e a pessoa, depois, procurar o dono para fechar o negócio diretamente. "Ele procura propondo uma vantagem financeira, já que ele não vai pagar a comissão", diz. Ele diz que há casos em que a imobiliária entra na Justiça cobrando o valor, já que o serviço foi prestado.
A venda direta mesmo depois de anunciar um imóvel por meio de uma imobiliária foi o que aconteceu com a microempresária Viviane Rodrigues Santos Machado. O apartamento onde mora ficou dois meses nos anúncios de uma imobiliária. "Mas acabei vendendo para uma pessoa conhecida", conta. O valor do negócio foi 4% menor do que o preço pedido no anúncio da imobiliária.
Fonte: O TEMPO