Reclamações contra planos de saúde dobram em 2 anos
12 de Dezembro de 2012
por: Juliana Gontijo
Segundo a Proteste, sistema não evoluiu para atender a alta na demanda
Apesar do cerco da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) contra os maus serviços das operadoras de planos de saúde, inclusive com suspensão das vendas de algumas empresas em outubro, em dois anos, o índice de reclamação contra as empresas mais que dobrou no país, segundo dados da própria ANS. Em novembro de 2010, era 0,35 reclamações para cada grupo de 10.000 beneficiários. O índice pulou para 0,49 em outubro de 2011. No mesmo mês, porém em 2012, chegou a 0,83.
O cálculo do índice de reclamações é feito para as operadoras com registro ativo na ANS que tenham em média mais de 100 beneficiários no seis meses considerados.
Esse índice é calculado e apresentado para grupos de operadoras segundo 0 porte. É considerado pequena a operadora com até 20 mil beneficiários, média, de 20 mil a 100 mil, e grande, acima de 100 mil clientes.
Se o índice de reclamações das operadoras de grande porte é 0,53 em junho de 2012, significa que foram recebidas pela ANS, em média, entre janeiro e junho de 2012, 0,53 reclamações para cada grupo
de 10.000 beneficiários dessas operadoras nesses meses.
Para a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, o aumento do número de reclamações se deve também ao aumento do número de consumidores que estão adquirindo plano de saúde no país. "O problema não é mais gente comprando planos, mas sim o sistema que não é ampliado para atender ao crescimento da demanda. É preciso que a ANS tome alguma providência neste sentido. Caso contrário, a conta não irá fechar", observa.
Ela aconselha que, antes de assinar o contrato com uma operadora, o consumidor analise suas necessidades e o que a empresa tem a oferecer. "Há planos com abrangência local, estadual e nacional.
O quarto pode ser individual ou dividido com outras pessoas, o que é chamado de enfermaria. No último caso, é mais barato", diz.
A advogada Ana Letícia Gomes Mendes teve problema com uma operadora de Belo Horizonte que foi parar na Justiça. "Eu paguei o boleto de janeiro. Continuei pagando, mas mesmo assim continuou vindo uma mensagem no boleto dizendo que havia a pendência. Mandei e-mail com o extrato bancário, mas não adiantou. Eles acabaram cancelando o plano. Fiquei três meses sem a cobertura, direito que consegui de volta através de uma liminar", conta.
O assessor de imprensa Frederico Andrade Wanderley conta que sua mãe perdeu um cirurgia agendada em setembro pela demora da empresa em aprovar o procedimento. "Não foi só dessa vez, já passamos por vários problemas", diz.
O cálculo do índice de reclamações é feito para as operadoras com registro ativo na ANS que tenham em média mais de 100 beneficiários no seis meses considerados.
Esse índice é calculado e apresentado para grupos de operadoras segundo 0 porte. É considerado pequena a operadora com até 20 mil beneficiários, média, de 20 mil a 100 mil, e grande, acima de 100 mil clientes.
Se o índice de reclamações das operadoras de grande porte é 0,53 em junho de 2012, significa que foram recebidas pela ANS, em média, entre janeiro e junho de 2012, 0,53 reclamações para cada grupo
de 10.000 beneficiários dessas operadoras nesses meses.
Para a coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, o aumento do número de reclamações se deve também ao aumento do número de consumidores que estão adquirindo plano de saúde no país. "O problema não é mais gente comprando planos, mas sim o sistema que não é ampliado para atender ao crescimento da demanda. É preciso que a ANS tome alguma providência neste sentido. Caso contrário, a conta não irá fechar", observa.
Ela aconselha que, antes de assinar o contrato com uma operadora, o consumidor analise suas necessidades e o que a empresa tem a oferecer. "Há planos com abrangência local, estadual e nacional.
O quarto pode ser individual ou dividido com outras pessoas, o que é chamado de enfermaria. No último caso, é mais barato", diz.
A advogada Ana Letícia Gomes Mendes teve problema com uma operadora de Belo Horizonte que foi parar na Justiça. "Eu paguei o boleto de janeiro. Continuei pagando, mas mesmo assim continuou vindo uma mensagem no boleto dizendo que havia a pendência. Mandei e-mail com o extrato bancário, mas não adiantou. Eles acabaram cancelando o plano. Fiquei três meses sem a cobertura, direito que consegui de volta através de uma liminar", conta.
O assessor de imprensa Frederico Andrade Wanderley conta que sua mãe perdeu um cirurgia agendada em setembro pela demora da empresa em aprovar o procedimento. "Não foi só dessa vez, já passamos por vários problemas", diz.
Duas Unimeds vão dividir indenização
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que a Unimed Juiz de Fora inclua, no plano de uma associada, o filho nascido em parto coberto pela Unimed Belo Horizonte, sem carência e com o custeio das despesas médicas. As duas unidades da Unimed vão indenizar mãe e filho por danos morais em R$ 10.200, por terem negado a cobertura do tratamento de cardiopatia do recém-nascido.
Quando a mãe foi à Unimed BH incluir o bebê, sem carências, a empresa ofereceu outro plano e informou que, caso ela quisesse reduzir a carência de dois anos para seis meses, apenas para três doenças preexistentes, deveria pagar R$ 15 mil. A mãe afirmou não saber que teria que incluir seu filho na Unimed Juiz de Fora. As duas unidades recorreram alegando serem pessoas jurídicas totalmente distintas, mas o TJ julgou que elas têm que ser solidárias. (Da redação)
Quando a mãe foi à Unimed BH incluir o bebê, sem carências, a empresa ofereceu outro plano e informou que, caso ela quisesse reduzir a carência de dois anos para seis meses, apenas para três doenças preexistentes, deveria pagar R$ 15 mil. A mãe afirmou não saber que teria que incluir seu filho na Unimed Juiz de Fora. As duas unidades recorreram alegando serem pessoas jurídicas totalmente distintas, mas o TJ julgou que elas têm que ser solidárias. (Da redação)
Fonte: O TEMPO