Venda no varejo na capital terá alta de 9%

Consumidores estão animados para comprar e gasto médio para o Natal deve ficar entre R$ 100 e R$ 150

Animadas pela recuperação da renda, queda do desemprego e retração gradual nos juros, as vendas do varejo de Belo Horizonte vão crescer 9% em 2012 frente ao ano passado. Os números foram divulgados ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Para 2013, a expectativa é de avanço de 6,7% no faturamento do comércio da capital, um desempenho que, apesar de menor que o deste ano, será comemorado pelos lojistas porque se dará sobre uma base forte de comparação. Neste Natal, segundo Bruno Falci, presidente da CDL/BH, o faturamento do comércio da capital será entre 7% e 9% maior do que o do mesmo período do ano passado.

A expectativa de vendas já se reflete no otimismo dos empresários do setor, que esperam um tíquete médio entre R$ 100 e R$ 150 nas compras natalinas. “Os lojistas estão mais animados até mesmo do que os consumidores e acreditam num tíquete mais alto do que o de 2011”, afirma Falci. Pesquisa da CDL mostra que 25,26% dos comerciantes esperam crescimento das venda acima de 25% no fim do ano. Outros 26,32% acreditam que os negócios vão aumentar entre 10% e 15%. Mas todos concordam que haverá melhora no desempenho.

O levantamento indica que 69,5% dos consumidores farão suas compras em dezembro, até a semana do Natal, o que indica que vão usar o dinheiro do 13º salário para adquirir presentes. Ao contrário do que esperam os lojistas, que acreditam que 85,61% das vendas nesse período serão feitas no cartão de crédito parcelado, 41,47% dos entrevistados afirmaram que vão pagar as compras no dinheiro, em produtos custando entre R$ 50 e R$ 75.

RECUO NO CALOTE  A Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEC), da Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), mostra que em novembro a inadimplência em Belo Horizonte caiu 0,6 ponto percentual, saindo de 6,1% em outubro para 5,5% no mês passado. De acordo com Gabriel de Andrade Ivo, economista responsável pelo levantamento, o resultado pode ser considerado normal para o período. “Em outubro, o calote subiu porque os consumidores estavam pagando as dívidas das férias de julho e em novembro recuou porque as pessoas se preparavam para o Natal”.

Ivo lembra ainda o peso da adesão dos consumidores às campanhas de recuperação de crédito e uso do 13º salário para quitação das dívidas no resultado da pesquisa. Por sua vez, o nível de endividamento já contraído para o futuro, segundo a PEC, ficou estável em novembro na comparação com igual mês de 2011. Já novembro frente a outubro, o percentual avançou para 71,5%, ante 70,2%. Outro destaque da pesquisa, segundo o economista, vai para o interesse dos consumidores em quitar as contas em atraso, já que 37,3% dos entrevistados devem resolver suas pendências em menos de 30 dias e 25,3% no prazo de 30 a 60 dias.

De acordo com Bruno Falci, da CDL/BH, os consumidores estão pagando agora por terem consumido em excesso no passado recente. “As pessoas estão guardando dinheiro para pagar suas dívidas”, afirma. Para 2013, segundo ele, a expectativa é de elevação no calote por conta da expectativa de aumento das vendas.

 

 

 

Fonte: Estado de Minas