Lojista quer vender mais e consumidor quer pagar dívidas
População prefere shoppings, e CDL culpa a falta de estacionamento
Loja cheia e boas vendas. Essa é a expectativa de 26,52% dos lojistas de Belo Horizonte, que esperam um crescimento acima de 15% no comércio neste Natal. No total, 60,61% dos empresários esperam algum aumento. Mas, para grande parte dos consumidores, segundo levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), o 13º salário já tem destino certo: 25,33% pretendem pagar dívidas com o dinheiro extra no fim de ano e 14,78% dizem que vão poupar o salário.
Mas, para os 7,65% dos entrevistados que pretendem gastar o salário a mais de fim de ano com compras natalinas, o melhor lugar para escolher o presente de Papai Noel é o shopping. A escolha é citada por 35,62% dos consumidores, enquanto 17,41% deles preferem fazer as compras na região onde moram. A diferença no percentual, segundo o presidente da CDL-BH, Bruno Falci, pode ser explicada pela falta de vagas de estacionamento nas ruas.
"O estacionamento é fundamental para um grande número de lojistas, principalmente os de rua. Tivemos um debate com diversos órgãos e com a prefeitura e sobre o estacionamento em cima da calçada. Temos que achar uma forma de contemplar o pedestre, o consumidor e o lojista", explica. Em Belo Horizonte, por lei, é proibido estacionar na calçada. Segundo o presidente, estacionar no recuo da calçada seria uma forma de flexibilizar e aumentar o movimento em diversos pontos comerciais.
A pesquisa ainda mostrou que 32,76% dos consumidores entrevistados pretendem dar roupas de Natal e 22,83% só vão comprar os presentes na semana natalina. A maioria pretende pagar suas compras com dinheiro (41,47%) e vai dar "lembrancinhas" de R$ 50 a R$ 75 (24,27%).
Os valores diferem da previsão dos lojistas, que esperam que 87,13% paguem suas compras com cartão de crédito e que 19,38% gastem entre R$ 100 e R$ 150.
Previsões. O presidente da CDL-BH também fez previsões para o crescimento comercial em 2013. A expectativa é de crescimento de 6,7%, inferior ao deste ano, que é de 9%. "Temos que ser cautelosos. Prefiro chegar no fim do ano e falar que o crescimento foi maior. Temos as Copas das Confederações e do Mundo, que vão ajudar nas vendas, mas a economia está muito volátil", explica.
Fonte: Estado de Minas