Apagões tendem a aumentar
18 de Dezembro de 2012
por: Juliana Gontijo
Desde o fim de setembro, país já enfrentou seis cortes bruscos
O apagão que aconteceu sábado e que deixou consumidores de 12 Estados sem energia elétrica, foi o sexto desde o fim de setembro. E a previsão de especialistas é que a quantidade possa aumentar nos próximos anos em razão do cenário de instabilidade provocado pela Medida Provisória (MP) 579, que fixa as regras de concessões do setor elétrico. "Nenhum sistema é perfeito, livre de apagões, mas eles devem aumentar, com a possibilidade de diminuição de investimentos no setor, fruto da redução das tarifas para as empresas para bancar a conta de luz mais barata em 2013", observa o consultor de energia elétrica e sócio da Interact Ltda, Rafael Herzberg.
O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, afirma que um dos gargalos do setor para o próximo ano será a capacidade de investimento, afetada pela MP. "Ao mesmo tempo, o regulador do sistema fez mais exigências no que se refere à qualidade, ou seja, é necessário mais investimento. Só que os caixas das empresas vão ter redução e isto gera impactos", diz. Ele afirma que os problemas do setor devem se agravar no próximo ano. "Hoje, já há apagão. Agora, imagine a situação com o país crescendo mais", observa.
O advogado do departamento de direito de energia do escritório Décio Freire e Associados, Gustavo de Marchi, também aposta que a grande dúvida para 2013 está relacionada à capacidade de investimento do setor diante das dificuldades impostas pela MP. "Hoje o cenário é nebuloso, marcado pela insegurança, com empresas ingressando na Justiça, o que afugenta investidores privados", observa. É o caso da Cemig, que tem intenção de brigar judicialmente pelas concessões das hidrelétricas de Simão, Miranda e Jaguara nos atuais termos e não pela MP 579, como quer o governo federal.
Ontem, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, descartou a hipótese de que a causa dessa sequência de apagões seja um problema de infraestrutura ou de falta de investimentos. Para ele, a causa do apagão do último sábado nada tem a ver com a dos apagões anteriores. "Não é que seja coincidência, mas estamos sujeitos a perturbações e não gostamos que ocorram", ressaltou. (Com agências)
O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, afirma que um dos gargalos do setor para o próximo ano será a capacidade de investimento, afetada pela MP. "Ao mesmo tempo, o regulador do sistema fez mais exigências no que se refere à qualidade, ou seja, é necessário mais investimento. Só que os caixas das empresas vão ter redução e isto gera impactos", diz. Ele afirma que os problemas do setor devem se agravar no próximo ano. "Hoje, já há apagão. Agora, imagine a situação com o país crescendo mais", observa.
O advogado do departamento de direito de energia do escritório Décio Freire e Associados, Gustavo de Marchi, também aposta que a grande dúvida para 2013 está relacionada à capacidade de investimento do setor diante das dificuldades impostas pela MP. "Hoje o cenário é nebuloso, marcado pela insegurança, com empresas ingressando na Justiça, o que afugenta investidores privados", observa. É o caso da Cemig, que tem intenção de brigar judicialmente pelas concessões das hidrelétricas de Simão, Miranda e Jaguara nos atuais termos e não pela MP 579, como quer o governo federal.
Ontem, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, descartou a hipótese de que a causa dessa sequência de apagões seja um problema de infraestrutura ou de falta de investimentos. Para ele, a causa do apagão do último sábado nada tem a ver com a dos apagões anteriores. "Não é que seja coincidência, mas estamos sujeitos a perturbações e não gostamos que ocorram", ressaltou. (Com agências)
Motivo
Raio pode ter sido a causa do incidente
Brasília. Um raio pode ter sido a origem do incidente na hidrelétrica e na subestação de Itumbiara, no interior de Goiás, na divisa com Minas Gerais, que deixou consumidores de 12 Estados sem energia no sábado, segundo o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp. "Eles (os técnicos) estão investigando, mas pode ter sido", disse ontem, depois de informar que há registros de "descargas atmosféricas" naquele dia em diversas regiões do Brasil, inclusive em Itumbiara. Segundo ele, as subestações mais antigas, entre as quais a de Itumbiara, passarão por um processo de verificação e ajustes.
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, também apontou a incidência de raios na região como uma das causas do apagão. "No momento da perturbação ocorria realmente uma incidência de raios na região. Isso pode estar associado ao desligamento, mas isso ainda está em análise", frisou.
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, também apontou a incidência de raios na região como uma das causas do apagão. "No momento da perturbação ocorria realmente uma incidência de raios na região. Isso pode estar associado ao desligamento, mas isso ainda está em análise", frisou.
Fonte: O TEMPO