Emprego em Minas cai 0,11%
Segundo dados do Caged, foram eliminadas 4.435 vagas
Minas Gerais apresentou saldo negativo de emprego (-0,11%) em novembro, com 4.435 vagas eliminadas em relação ao número de funcionários com carteira assinada no mês anterior. Dessa forma, o Estado, mais uma vez, obteve o pior desempenho da região Sudeste no período. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Em São Paulo, o saldo do período foi de 7.203 mil postos; no Espírito Santo, 1.945; e o Rio de Janeiro apresentou o melhor desempenho: 13.233. Em Minas Gerais, a queda no nível de emprego foi resultante de 190 mil desligamentos, associados a 182,3 mil admissões.
No mês passado, a maior influência negativa se deu na construção civil, com 9.917 vagas eliminadas, seguido pela agropecuária que demitiu 6.225 trabalhadores. A indústria da transformação perdeu 479 empregos e o setor de serviços, 972.
O comércio foi o setor que obteve os saldos mais positivos, com contratação de 13,278 mil pessoas em novembro. Os serviços industriais de utilidade pública (Siup) também apresentaram variação positiva, com saldo de 111 vagas no período.
Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos primeiros 11 meses do ano, houve um crescimento de 220.223 postos de trabalho, o que representou alta de 4,97%. Em termos absolutos, é o segundo, melhor desempenho da região Sudeste, superado apenas por São Paulo, que registrou 515.859 empregos .
Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o saldo foi negativo de 2.914 postos de trabalho. O resultado é fruto da demissão de 78,066 mil pessoas e admissão de 75,152 mil (-0,18%).
Dentre os municípios mineiros que apresentaram evolução positiva no nível do emprego em novembro, de acordo com o Caged, em primeiro lugar aparece Juiz de Fora, na Zona da Mata. A cidade obteve saldo de 1.256 postos de trabalho no mês passado, variação de 0,93%.
Em seguida veio Contagem, na RMBH. Na cidade, foram criados 1.206 vagas de trabalho com carteira assinada (+0,6%). Depois, aparece Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 1.048 empregos consolidados no mês passado (+0,56%).
Já a capital mineira ficou 100º lugar no ranking da evolução do emprego formal em municípios mineiros com mais de 30 mil habitantes em novembro. Na cidade, foram admitidas 50,780 mil pessoas, contra 53,295 mil demissões. Com isso, o saldo ficou negativo em 2.515 empregos (variação -0,23%).
Nacional - O ritmo de criação de empregos formais desacelerou em novembro no país. O governo registrou a criação de 46.095 vagas com carteira assinada, 36,6% a menos que o volume gerado em novembro de 2011, conforme dados do Caged. Foi o pior saldo do ano e o último dado mensal positivo, conforme expectativa do próprio Ministério do Trabalho.
Até novembro deste ano, o país soma 1.771.576 empregos formais criados, um recuo de 23,6% em relação ao resultado dos 11 primeiros meses de 2011, em que 2,32 milhões de postos foram abertos. Também foi o pior saldo para o período desde 2009, quando 1,68 milhão de vagas no mercado formal foram criadas.
A previsão do Ministério do Trabalho é de que o ano se encerre com a geração de 1,47 milhão de postos de trabalho. Ou seja, em dezembro, quase 400 mil pessoas devem ser dispensadas. Tradicionalmente, o volume de demissões supera o de admissões no último mês do ano, devido ao desligamento de trabalhadores temporários contratados para o Natal e o Ano Novo.
Apenas dois de oito setores de atividade apresentaram aumento de vagas formais de trabalho: comércio, com a criação de 109.617 empregos, e serviços, com 41.538. Os demais registraram retração. O que mais encolheu no mês passado foi o da construção civil, com o fechamento de 41.567 vagas, seguido por agricultura, com 32.733 postos a menos, e indústria de transformação, com 26.110
Entre as regiões, o Sul, o Sudeste e o Nordeste registraram saldo positivo de empregos no ano - respectivamente, 29.562, 17 946 e 17.067 vagas. Já o Centro-Oeste registrou o fechamento de 14.820 postos de trabalho, e o Norte demitiu.
Fonte: Diário do Comércio e Agência Estado