Lista de material escolar deve ficar até 20% mais cara

08 de Janeiro de 2013
por: Janine Horta

Variação de valores entre papelarias da capital, porém, não será exorbitante

 

A lista de material escolar pode ficar até 20% mais cara em Belo Horizonte. Conforme levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), alguns itens, principalmente os produtos importados, são os que devem sofrer maior elevação.

Quem explica a alta é o vice-presidente da CDL-BH e diretor da Câmara de Papelarias e Livrarias da entidade, Marco Antônio Gaspar. "Os produtos importados, como canetinhas, lápis e lapiseiras, são os que sofreram maior alta, de 15% a 20%. Os plásticos de encapar cadernos e os livros aumentaram cerca de 15%, pois são derivados do petróleo, que teve alta. Já os cadernos, mesmo sendo de produção quase toda nacional, subiram cerca de 10%", diz.

Gaspar acredita que a diferença de preço dos materiais entre as papelarias não deve ser muito grande. "Compensa, sim, pesquisar os preços, mas não sair comprando cada item em um lugar diferente, até pelo tamanho das listas. Algumas delas têm cerca de 50 itens", observa.

Uma sugestão de Gaspar é comprar toda a lista na papelaria em que o item mais caro, ou que será comprado em maior quantidade - como os cadernos ou os materiais importados - esteja com o melhor preço. Outra dica dada pelo vice-presidente da CDL-BH é escolher as papelarias que oferecem serviços extras e gratuitos, como encapar livros e cadernos.

Armadilhas. Embora as crianças adorem, Gaspar alerta que é importante evitar comprar produtos de marcas famosas, ou que tragam personagens da televisão. Cadernos estampados com os temas Carrossel ou Monster High, fabricados pela Mattel e pela Tilibra, respectivamente, estão entre os mais caros.

"Esses produtos chegaram a esgotar em nossas lojas, mas as fábricas fazem sempre a reposição rápida, e, por isso, não chegam a faltar no mercado. Entretanto, sempre temos produtos que não estão ligados à moda e que têm preços bem mais em conta, pois fazemos estoques ao longo do ano", explica o gerente da Livraria Leitura do Shopping Paragem, Renato Faria.

E para dar um panorama sobre os valores das listas de material escolar, o Movimento das Donas de Casa pesquisou ontem os preços de vários ítens em cinco papelarias de Belo Horizonte. Os resultados podem ser consultados no site www.mdcmg.com.br.
Alta dos itens foi menor que a inflação
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço do material escolar subiu menos que a inflação de janeiro a dezembro de 2012. Excluindo os livros, o material subiu 5,31%, abaixo da inflação medida pela FGV, que foi de 5,74% no mesmo período.

Foi o que percebeu a empresária Rose Mary Mendes, de Itaúna, na região Centro-Oeste de Minas, que comprou o material escolar na capital mineira para os dois filhos e não se incomodou com os preços. "Compro em Belo Horizonte porque há maior variedade de produtos. Parece que os preços são os mesmos do ano passado". (JH)
Fonte: O TEMPO

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