A lista de material escolar pode ficar até 20% mais cara em Belo Horizonte. Conforme levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Hor
08 de Janeiro de 2013
por: Queila Ariadne
Situação ameaça meta do governo de reduzir a conta de luz em até 20%
Os reservatórios das hidrelétricas da região Sudeste/Centro-Oeste estão nos menores níveis da história e, se não voltar a chover ainda em janeiro, as geradoras de energia vão acender o sinal amarelo. Preocupado, o Ministério de Minas e Energia (MME) convocou uma reunião para discutir o assunto amanhã, mas não admite a possibilidade de racionamento. Entretanto, os fatos mostram que os níveis estão bem abaixo dos de 2001, quando a alternativa foi racionar energia.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no dia 6 de janeiro deste ano, os reservatórios estavam com 28,54% de água armazenada. Em 2001, ano da crise do apagão, nessa mesma época, estava em 31,6%.
O volume atual é 55,6% menor do que o registrado em 7 de janeiro de 2012, que foi de 64,2%. E está bem perto da curva de aversão ao risco, atualmente em 21%. "Esse índice é um limite e, se o nível atingir essa marca, o governo tem que acionar todas as medidas para garantir a geração de energia", explica o presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva.
Segundo ele, para atingir uma margem confortável, os níveis dos reservatórios deveriam estar na casa dos 50%. Para se ter uma ideia, Neiva cita o percentual de Energia Natural Afluente (Ena), um percentual que indica a média de armazenamento. Em 2012, estava em 119%, o que significa que havia um excedente de 19% em relação à energia necessária. "Hoje, só temos 47% da média", compara Neiva.
Ele afirma que, se as chuvas, sobretudo na região Sudeste, ocorrerem em volume abaixo do normal para o mês de janeiro, o governo terá de tomar providências. "Não quer dizer que haverá racionamento. Há outras medidas para serem adotadas pelo lado da demanda, como o despacho de térmicas mais caras e uso de gás", citou. Entretanto, Neiva lembra que essa alternativas têm custo elevado e vão encarecer as tarifas de energia nas próximas revisões.
Preocupante. Tachada como "ridícula" pela presidente Dilma Rousseff há apenas duas semanas, a hipótese de racionamento de energia elétrica entrou no radar do governo. "A questão é que agora passamos a considerar algo que antes não fazia sentido pensar", disse uma fonte da área técnica. "O nível dos reservatórios está baixando, então não podemos fechar os olhos para essa possibilidade", ressaltou a fonte.
Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no dia 6 de janeiro deste ano, os reservatórios estavam com 28,54% de água armazenada. Em 2001, ano da crise do apagão, nessa mesma época, estava em 31,6%.
O volume atual é 55,6% menor do que o registrado em 7 de janeiro de 2012, que foi de 64,2%. E está bem perto da curva de aversão ao risco, atualmente em 21%. "Esse índice é um limite e, se o nível atingir essa marca, o governo tem que acionar todas as medidas para garantir a geração de energia", explica o presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva.
Segundo ele, para atingir uma margem confortável, os níveis dos reservatórios deveriam estar na casa dos 50%. Para se ter uma ideia, Neiva cita o percentual de Energia Natural Afluente (Ena), um percentual que indica a média de armazenamento. Em 2012, estava em 119%, o que significa que havia um excedente de 19% em relação à energia necessária. "Hoje, só temos 47% da média", compara Neiva.
Ele afirma que, se as chuvas, sobretudo na região Sudeste, ocorrerem em volume abaixo do normal para o mês de janeiro, o governo terá de tomar providências. "Não quer dizer que haverá racionamento. Há outras medidas para serem adotadas pelo lado da demanda, como o despacho de térmicas mais caras e uso de gás", citou. Entretanto, Neiva lembra que essa alternativas têm custo elevado e vão encarecer as tarifas de energia nas próximas revisões.
Preocupante. Tachada como "ridícula" pela presidente Dilma Rousseff há apenas duas semanas, a hipótese de racionamento de energia elétrica entrou no radar do governo. "A questão é que agora passamos a considerar algo que antes não fazia sentido pensar", disse uma fonte da área técnica. "O nível dos reservatórios está baixando, então não podemos fechar os olhos para essa possibilidade", ressaltou a fonte.
Seca
Forte estiagem ameaça redução das tarifas
Brasília. O corte de 20,2% nas tarifas de energia elétrica, prometido pelo governo para este ano, pode não ser viável por causa da falta de chuvas. A avaliação é do diretor executivo da Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), César de Barros Pinto. "Estruturalmente, esse corte é possível, mas conjunturalmente pode não ser", disse a jornalistas nesta segunda-feira.
Segundo o executivo, o corte seria certo se o sistema estivesse em condições normais, mas há dúvidas sobre sua execução por causa do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Se as chuvas deste início de ano forem insuficientes, o uso mais intensivo de energia térmica vai puxar os preços para cima. Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva, nem mesmo a ajuda dos cofres federais será suficiente para garantir o corte. O Tesouro Nacional já se prontificou a desembolsar de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões para assegurar a redução da tarifa. "Mas eu duvido que o governo vá subsidiar o uso de combustíveis", disse Neiva. "É coisa de uns R$ 500 milhões a R$ 600 milhões por mês", disse Neiva.
Segundo o executivo, o corte seria certo se o sistema estivesse em condições normais, mas há dúvidas sobre sua execução por causa do baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Se as chuvas deste início de ano forem insuficientes, o uso mais intensivo de energia térmica vai puxar os preços para cima. Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva, nem mesmo a ajuda dos cofres federais será suficiente para garantir o corte. O Tesouro Nacional já se prontificou a desembolsar de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões para assegurar a redução da tarifa. "Mas eu duvido que o governo vá subsidiar o uso de combustíveis", disse Neiva. "É coisa de uns R$ 500 milhões a R$ 600 milhões por mês", disse Neiva.
Níveis estão abaixo da metade
Os níveis dos reservatórios das quatro principais usinas da Cemig estão com menos da metade do volume registrado na mesma época do ano passado. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o pior nível é o da usina de São Simão, que está com 24,2%. O armazenamento é 71,66% menor do que no mesmo período de 2012.
Emborcação está com 32,8%, queda de 58,9% em relação a janeiro do ano passado. Nova Ponte está com 27,35%, queda de 62,8%, e Três Marias com 37,75%, queda de 54,89%. Juntas, as quatro hidrelétricas representam cerca de 40% da geração da Cemig. Procurada pela reportagem, a concessionária preferiu não comentar os níveis, nem a possibilidade de racionamento. (QA)
Emborcação está com 32,8%, queda de 58,9% em relação a janeiro do ano passado. Nova Ponte está com 27,35%, queda de 62,8%, e Três Marias com 37,75%, queda de 54,89%. Juntas, as quatro hidrelétricas representam cerca de 40% da geração da Cemig. Procurada pela reportagem, a concessionária preferiu não comentar os níveis, nem a possibilidade de racionamento. (QA)

Fonte: O TEMPO