Crise elevará conta em 1%
09 de Janeiro de 2013
por: Queila Ariadne
Governo nega racionamento e garante redução de tarifas em 2013
Quanto menos água nas hidrelétricas, maiores serão os gastos com a produção de energia por meio das usinas térmicas, o que vai acabar no bolso do consumidor, com aumento na conta de luz. De janeiro do ano passado para janeiro deste ano, enquanto a participação das hidrelétricas na produção de energia caiu 12,8% (90,41% para 78,78%), o volume produzido pelas térmicas mais do que triplicou. As termos convencionais, que em 7 de janeiro de 2012 tinham 5,28% da produção de energia, em 7 de janeiro deste ano já têm 18,42%. Os dados são Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Na última segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o impacto do uso em grande escala das térmicas para os consumidores seria de menor de 1%. Ontem, a presidente Dilma Rousseff teria questionado ao ministro sobre o risco de apagão no país - que já é descartado por integrantes do governo.
Como os reservatórios estão em níveis de 28% - abaixo dos patamares de 2001 (30%), quando houve racionamento-, a política de contenção de energia tem sido considerada. Mas o secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann, negou tanto a possibilidade de falta de eletricidade, como alegou que o gasto com as usinas térmicas, que estão sendo usadas para compensar a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, não comprometerá o desconto na conta de luz prometido pela presidente para este ano.
"A redução de 20% é estrutural, enquanto o gasto com as térmicas é conjuntural. Não podemos misturar uma coisa com a outra", afirmou Zimmermann.
Pelos cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), somente em outubro e novembro, o gasto com a geração de energia térmica ficou em R$ 1,3 bilhão. Em dezembro, a despesa deve ter atingido outros R$ 800 milhões.
Zimmermann fez questão de repetir que o país não corre o risco de passar por um novo período de racionamento. "Em 2001, o problema era a falta de usinas, e hoje não temos esse problema. As usinas térmicas entram nos leilões de energia para serem usadas quando houver necessidade. Essa é uma característica do nosso sistema", disse.
O governo admite o problema dos baixos níveis dos reservatórios e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétricos (CMSE) reúne hoje a pedido de Dilma Rousseff - para discutir alternativas, mas afasta a possibilidade de um racionamento. (Com agências)

Na última segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o impacto do uso em grande escala das térmicas para os consumidores seria de menor de 1%. Ontem, a presidente Dilma Rousseff teria questionado ao ministro sobre o risco de apagão no país - que já é descartado por integrantes do governo.
Como os reservatórios estão em níveis de 28% - abaixo dos patamares de 2001 (30%), quando houve racionamento-, a política de contenção de energia tem sido considerada. Mas o secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann, negou tanto a possibilidade de falta de eletricidade, como alegou que o gasto com as usinas térmicas, que estão sendo usadas para compensar a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas, não comprometerá o desconto na conta de luz prometido pela presidente para este ano.
"A redução de 20% é estrutural, enquanto o gasto com as térmicas é conjuntural. Não podemos misturar uma coisa com a outra", afirmou Zimmermann.
Pelos cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), somente em outubro e novembro, o gasto com a geração de energia térmica ficou em R$ 1,3 bilhão. Em dezembro, a despesa deve ter atingido outros R$ 800 milhões.
Zimmermann fez questão de repetir que o país não corre o risco de passar por um novo período de racionamento. "Em 2001, o problema era a falta de usinas, e hoje não temos esse problema. As usinas térmicas entram nos leilões de energia para serem usadas quando houver necessidade. Essa é uma característica do nosso sistema", disse.
O governo admite o problema dos baixos níveis dos reservatórios e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétricos (CMSE) reúne hoje a pedido de Dilma Rousseff - para discutir alternativas, mas afasta a possibilidade de um racionamento. (Com agências)

Atraso de construção de linhas agrava cenário
Brasília. O atraso na construção de linhas de transmissão contribui para o complicado cenário do setor elétrico do Brasil. A hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho (RO), por exemplo, encerrou 2012 com nove das 27 turbinas funcionando, mas sem autorização para a entrada em operação da linha que vai levar a energia gerada na usina para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Desse modo, o mercado deixa de receber 644 megawatts de eletricidade, o suficiente para abastecer cerca de 3 milhões de residências.
Pelas previsões da usina, outras 18 turbinas deverão entrar em operação comercial este ano. Quando estiver em pleno funcionamento, em 2015, a hidrelétrica, uma das duas construídas no Rio Madeira, já no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá capacidade para atender à demanda de energia de mais de 40 milhões de pessoas em todo o país.
Pelas previsões da usina, outras 18 turbinas deverão entrar em operação comercial este ano. Quando estiver em pleno funcionamento, em 2015, a hidrelétrica, uma das duas construídas no Rio Madeira, já no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), terá capacidade para atender à demanda de energia de mais de 40 milhões de pessoas em todo o país.
Fonte: O TEMPO