Chuva não desligará térmicas

16 de Janeiro de 2013

Chuva não desligará térmicas

 

RIO DE JANEIRO. Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão subindo nos últimos dias por conta de chuvas nas cabeceiras dos rios que os alimentam, mas ainda estão longe de atingir a média de janeiro do ano passado e, com isso, as termelétricas continuam operando na capacidade máxima de geração. Na segunda-feira, as hidrelétricas produziram 35.393 megawatts-médios, 5% abaixo do esperado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A usina de Itaipu é a única grande hidrelétrica produzindo dentro do esperado - a produção da usina foi de 11.032 MW-médios anteontem, ante expectativa de 11.141 MW-médios.

As termelétricas também não têm conseguido atingir a meta do operador, mas operam na capacidade máxima. Elas geraram 11.883 MW-médios segunda, também cerca de 5% abaixo do esperado (12.468 MW-médios). Os motivos vão desde problemas em unidades geradoras como a redução da operação da UT Candiota III, da Eletrobras, para controle de emissão de enxofre na atmosfera.
Região que mais preocupa o governo, o Nordeste continua a registrar o menor nível de água do país: 29,62%. Apesar de o valor ser um pouco melhor que o da véspera, ele está bem abaixo dos 71,72% registrados há um ano.

A região Sul segue como a mais beneficiada pelas chuvas nos reservatórios, com 49,58% da capacidade. Em janeiro de 2012, a média da região foi de 63,28%. Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste subiram de 29,83% para 30,43% entre segunda e terça-feira, e os da região Norte passaram de 42,04% para 42,47%. Em janeiro do ano passado, as duas regiões registravam níveis de 76,23% e 90,02%, respectivamente.

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, avaliou ser ainda cedo para se vislumbrar um desligamento das usinas térmicas movidas a óleo diesel e óleo combustível por causa do recente aumento das chuvas nas regiões Sul e Sudeste. O comentário foi feito ontem quando Tolmasquim deixava o Ministério de Minas de Energia (MME). "Ainda é cedo para se pensar nisso".

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, estimou que parte das usinas térmicas, que geram energia mais cara, possa começar a ser desligada até abril, caso o regime de chuvas seja favorável à recomposição dos níveis das barragens. O ONS informou que os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentaram recuperação no volume de água armazenado ao longo dos últimos dias.
BNDES vai financiar mais produção eólica em 2013

Rio de Janeiro. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima aumentar em 15% a liberação de recursos para projetos de energia eólica neste ano, para R$ 3,9 bilhões.
Segundo balanço divulgado ontem pelo banco, foram R$ 3,4 bilhões desembolsados para 63 projetos em 2012.

Houve um crescimento nesse tipo de investimento desde 2008. Naquele ano, as aprovações para projetos no setor foram de R$ 257 milhões. Em 2009, aumentaram para R$ 1,2 bilhão – mantendo-se na mesma faixa em 2010. Em 2011, os projetos de geração eólica aprovados somaram R$ 3,4 bilhões – mesmo valor do ano passado.

Segundo o BNDES, o financiamento para investimentos em energia eólica tem crescido nos últimos anos, "refletindo a prioridade do banco em apoiar empreendimentos em energia renovável".
Os projetos aprovados no ano passado somam um investimento total de R$ 6 bilhões pelas empresas – R$ 3,2 bilhões deles em financiamentos.

Regras. Os aerogeradores financiados pelo BNDES deverão atender a regras mais rígidas sobre conteúdo nacional de seus componentes. Quatro novas regras exigem que a fabricação priorize a procedência nacional.

 

 

Fonte: O TEMPO

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