Chuva não desligará térmicas
Chuva não desligará térmicas
As termelétricas também não têm conseguido atingir a meta do operador, mas operam na capacidade máxima. Elas geraram 11.883 MW-médios segunda, também cerca de 5% abaixo do esperado (12.468 MW-médios). Os motivos vão desde problemas em unidades geradoras como a redução da operação da UT Candiota III, da Eletrobras, para controle de emissão de enxofre na atmosfera.
Região que mais preocupa o governo, o Nordeste continua a registrar o menor nível de água do país: 29,62%. Apesar de o valor ser um pouco melhor que o da véspera, ele está bem abaixo dos 71,72% registrados há um ano.
A região Sul segue como a mais beneficiada pelas chuvas nos reservatórios, com 49,58% da capacidade. Em janeiro de 2012, a média da região foi de 63,28%. Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste subiram de 29,83% para 30,43% entre segunda e terça-feira, e os da região Norte passaram de 42,04% para 42,47%. Em janeiro do ano passado, as duas regiões registravam níveis de 76,23% e 90,02%, respectivamente.
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, avaliou ser ainda cedo para se vislumbrar um desligamento das usinas térmicas movidas a óleo diesel e óleo combustível por causa do recente aumento das chuvas nas regiões Sul e Sudeste. O comentário foi feito ontem quando Tolmasquim deixava o Ministério de Minas de Energia (MME). "Ainda é cedo para se pensar nisso".
Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, estimou que parte das usinas térmicas, que geram energia mais cara, possa começar a ser desligada até abril, caso o regime de chuvas seja favorável à recomposição dos níveis das barragens. O ONS informou que os reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste apresentaram recuperação no volume de água armazenado ao longo dos últimos dias.
Rio de Janeiro. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima aumentar em 15% a liberação de recursos para projetos de energia eólica neste ano, para R$ 3,9 bilhões.
Segundo balanço divulgado ontem pelo banco, foram R$ 3,4 bilhões desembolsados para 63 projetos em 2012.
Houve um crescimento nesse tipo de investimento desde 2008. Naquele ano, as aprovações para projetos no setor foram de R$ 257 milhões. Em 2009, aumentaram para R$ 1,2 bilhão – mantendo-se na mesma faixa em 2010. Em 2011, os projetos de geração eólica aprovados somaram R$ 3,4 bilhões – mesmo valor do ano passado.
Segundo o BNDES, o financiamento para investimentos em energia eólica tem crescido nos últimos anos, "refletindo a prioridade do banco em apoiar empreendimentos em energia renovável".
Os projetos aprovados no ano passado somam um investimento total de R$ 6 bilhões pelas empresas – R$ 3,2 bilhões deles em financiamentos.
Regras. Os aerogeradores financiados pelo BNDES deverão atender a regras mais rígidas sobre conteúdo nacional de seus componentes. Quatro novas regras exigem que a fabricação priorize a procedência nacional.
Fonte: O TEMPO