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Funed confirma óbito em Uberaba por tipo hemorrágico. Minas já tem 6.525 casos da doença
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou ontem a primeira morte este ano causada pela dengue em Minas Gerais. A vítima é um homem de 48 anos, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, que contraiu a doença do tipo hemorrágico, revelou o secretário municipal de Saúde, Fahim Sawan, após receber os resultados de exames da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Segundo ele, antes o paciente havia sido diagnosticado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro com febre hemorrágica e suspeita de leptospirose. Ele morreu no dia 14. No ano passado, a dengue contaminou 46.681 pessoas e matou 13 no estado.
O óbito ocorre em um cenário pessimista divulgado pelo secretário estadual de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques. Ele prevê o pior verão dos últimos anos, com 10 mil casos de dengue apenas em janeiro. O principal motivo, segundo ele, é a quebra de continuidade na vigilância de saúde em vários municípios, devido à mudança de prefeitos. Até o dia 17, foram 6.525 casos notificados em todo o estado contra 5.983 em todo o mês de janeiro do ano passado.
No caso de Uberaba, o secretário Fahim Sawan afirma que, desde 2006, quando a cidade passou por uma epidemia da doença com mais de 40 mil casos e cinco mortes por dengue hemorrágica, foi feito um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público, estabelecendo que o município deveria ter um agente de saúde para cada 800 domicílios. “O que constatamos quando assumimos a administração é que temos apenas 112 profissionais, sendo que deveríamos ter 170. Já começamos uma força-tarefa de limpeza, pois em uma nova infecção a chance de contrair a forma hemorrágica é muito maior do que na primeira vez”, diz o secretário.
Ainda segundo ele, o principal objetivo é entrar nas casas para fazer a dedetização e eliminar o mosquito adulto, além de limpar os lixões, fazer a capina de lotes e dar o exemplo dentro dos próprios prédios públicos. “Também estamos incentivando as pessoas a tirarem aqueles lixos ou entulhos do quintal, para que possamos recolher. Não podemos brincar com essa situação, pois ela é muito perigosa”, diz Sawan.
DEN-4
Segundo a SES, outro complicador é o reaparecimento do sorotipo Den-4 do vírus, que havia 30 anos não era identificado no estado. Isso significa que boa parte da população não detém memória imunológica contra ele, tornando-a mais vulnerável. Entre as medidas que a SES está implantando está o teste rápido que permite a detecção de casos de dengue. O novo procedimento pode reduzir o tempo de análise de amostras de sangue de três dias para até 20 minutos e está sendo desenvolvido pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), em parceria com aUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia de Minas Gerais (Hemominas).
MGs MATAM MENOS
As rodovias estaduais que cortam a Região Metropolitana de Belo Horizonte registraram 123 mortes em 2012, segundo o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv). O número ficou 16,8% abaixo dos óbitos de 2011, quando 148 pessoas perderam a vida. O que chamou a atenção em 2012 foram os 44 óbitos em acidentes com motocicletas, o que representa 35,7% do total. Na comparação com 2011, as mortes dos motociclistas e garupas diminuíram em números absolutos, já que foram 46 vítimas em 2011. Porém, o número havia representado 31% do total, o que mostra que houve aumento na proporção. No Anel Rodoviário morreram 31 pessoas em 2012, contra 33 em 2011.
Fonte: Estado de Minas