MG perde meio milhão de reais por mês com imóveis ociosos

23 de Janeiro de 2013

Minas tem 55 pontos desocupados na capital; no caso da União, são oito

 

O governo de Minas tem 55 imóveis desocupados apenas em Belo Horizonte. Além dos gastos com manutenção e contas como água e luz, o Estado ainda deixa de arrecadar R$ 475 mil por mês com o aluguel das casas, prédios, escritórios e garagens que estão sem nenhum uso. Por ano, são R$ 5,7 milhões que não entram nos cofres públicos - o dinheiro seria suficiente para construir 90 apartamentos populares ou comprar 162 viaturas para a Polícia Militar.

A maior parte do patrimônio ocioso está em áreas nobres, apenas um está fora da região Centro-Sul. Há um prédio inteiro vazio no Lourdes, bairro com o metro quadrado mais caro da cidade. Além disso, o Estado tem dez lojas na Savassi, um dos mais badalados pontos comerciais da capital.

Nenhum representante da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) quis comentar o assunto. A assessoria de imprensa informou, no entanto, que a maioria dos imóveis foi desocupada por causa da mudança da sede do governo para a Cidade Administrativa, em 2010. A promessa é que ainda no primeiro semestre de 2013 sejam realizados leilões para a venda dos imóveis. Essa alienação precisa ser autorizada pela Assembleia Legislativa.

"Eu acho difícil isso sair ainda neste ano porque esses procedimentos que envolvem bens públicos são sempre demorados. O problema é que o atraso pode prejudicar a qualidade do bem por causa da falta de manutenção e demandar mais recursos ainda para reformas", argumentou o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis em Minas Gerais (Creci-MG), Paulo Tavares.

Governo federal. O desperdício de dinheiro público não acontece apenas no Estado. A União tem oito imóveis ociosos em Belo Horizonte. E, como a burocracia federal é ainda maior, os prédios sofrem com falta de manutenção e, por isso, nenhum deles está sequer em condições de ser alugado. A Superintendência do Patrimônio da União informou que estuda fazer parcerias para ceder os imóveis desocupados a outros órgão federais.

O prédio que abrigava a faculdade de Odontologia da UFMG, no bairro Cidade Jardim, na região Centro-Sul, é um dos ociosos. Ele está vazio desde 2005. No caso do prédio que recebe o Ministério do Trabalho, no centro, apenas três dos dez andares foram ocupados, em 2008, porque não há recursos para consertar os elevadores.








 

Fonte: O TEMPO

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