Taxa de inadimplência se mantém estável
São Paulo - A taxa de inadimplência do Bradesco, considerando os atrasos acima de 90 dias, se manteve estável no quarto trimestre de 2012, influenciada, principalmente, pela carteira de pessoas físicas. O indicador encerrou dezembro em 4,1%, mesmo patamar visto no terceiro trimestre, e 0,2 ponto percentual acima dos 3,9% registrados no mesmo mês de 2011.
A inadimplência da carteira de pessoa física também ficou estável em 6,2%. Segundo relatório que acompanha as demonstrações contábeis do banco, o reflexo do comportamento do número de calotes neste segmento foi compensado pela alteração do mix da carteira de crédito.
Já nas grandes empresas o índice de calotes teve leve melhora, passando de 0,4% no terceiro trimestre do ano passado para 0,3% no quarto. Já nos menores grupos, foi de 4,2%.
De acordo com o diretor executivo do banco, Luiz Carlos Angelotti, o Bradesco espera "queda gradual" do seu índice de inadimplência nos próximos trimestres, devido ao comportamento do indicador no curto prazo e do cenário econômico para 2013.
Despesas - No quarto trimestre de 2012, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 3,210 bilhões, queda de 2,8% em relação ao trimestre anterior. Esse declínio foi possível, conforme o Bradesco, apesar do crescimento de 2,3% da carteira de crédito na mesma base de comparação. Ante igual período de 2011, as despesas com PDD cresceram 20,6%.
No acumulado de 2012, as despesas com PDD somaram R$ 13,014 bilhões, aumento de 27,1% ante o ano anterior por causa do crescimento de 8,3% no volume das operações de crédito e do comportamento da inadimplência no período.
O saldo de PDD atingiu R$ 21,3 bilhões em dezembro de 2012, alta de 1,83% ante os R$ 20,915 bilhões vistos no terceiro trimestre. Na comparação anual, quando o saldo estava em R$ 19,540 bilhões, a expansão foi de 9%.
As despesas administrativas e de pessoal do Bradesco no quarto trimestre de 2012 totalizaram R$ 6,897 bilhões, aumento de 3,2% ante os três meses imediatamente anteriores. Apesar disso, o lucro contábil do banco subiu 6,1% no quarto trimestre em relação a um ano antes, para R$ 2,893 bilhões. Em 2012, esses gastos somaram R$ 26,348 bilhões, alta de 7,7% sobre o ano imediatamente anterior. (AE)