Plano de saúde tem reajuste acima do índice de inflação
Cerca de oito milhões de beneficiários de planos de saúde individuais no Brasil, que representam 17% dos consumidores de assistência médica do país, pagarão até 7,93% mais caro pelo serviço, conforme anunciou a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ontem.
O reajuste, válido para os planos contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à Lei 9.656/98, é quase três pontos percentuais maior que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado dos últimos 12 meses (4,99%) e pouco mais de três pontos percentuais acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado no mesmo período (4,86%).
As novas tarifas são válidas para o período entre maio de 2012 e abril de 2013. Segundo a coordenadora institucional da Proteste – Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, a falta de metodologia para os reajustes dos planos individuais é o que vem acarretando aumentos acima da inflação.
“Em 2010, houve uma tentativa de criar essa metodologia, mas ela não deu certo. Porém, nós entendemos que é preciso continuar buscando, porque está bastante salgado para bolso do consumidor”, disse Dolci.
O índice de reajuste autorizado pela ANS poderá ser aplicado somente a partir da data de aniversário de cada contrato, com a permissão de cobrança do valor retroativo, caso a defasagem seja de, no máximo, quatro meses.
“Além do reajuste do contrato, ainda há o de aniversário. Aí, o beneficiário acaba tendo dois aumentos e sendo muito onerado”, pontua Dolci.
No ano passado, de acordo com a Proteste, o índice havia ficado em 7,69%, mas, com a entrada de novo rol de procedimentos com atendimentos antes não cobertos, as operadoras já pleiteavam índice bem maior para este ano.
* Com agência