Admissão de temporários alcançou o índice de 275 mil no ano passado
O consumo continua aquecido, dando fôlego ao trabalho temporário
Apesar de a economia brasileira não ter alcançado o crescimento projetado no início do ano, o resultado para os trabalhadores temporários em 2012 não foi ruim. Dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) e pelo Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem) revelam que cerca de 275 mil temporários foram contratados pelo comércio, indústria, segmentos de lazer e entretenimento para atender o aumento na movimentação comercial ocasionada por datas comemorativas como Dia das Mães, Páscoa, Natal e também pelo mês de julho, época de férias escolares. O total anual, considerando apenas os picos de contratação sazonais, teve aumento de 4,6% na comparação com 2011.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços de Recursos Humanos e Trabalho Temporário no Estado de Minas Gerais (Sinserht-MG), José Carlos Teixeira, embora ainda não tenham sido divulgados dados regionais do Estado, Minas Gerais acompanhou o ritmo do país. "Tradicionalmente, o Estado acompanha o crescimento nacional e responde por entre 10% e 12% do Brasil. O consumo continua aquecido e isso deu fôlego ao trabalho temporário. O varejo continua sendo o grande responsável por esses números", explica Teixeira.
Somente no Natal, segundo a Asserttem, em Minas foram contratados 17.176 trabalhadores temporários, número que corresponde a 21,09% dos contratados na região Sudeste e 10,94% do Brasil.
Para o presidente do Sinserht-MG, 2013 deve apresentar resultados ainda melhores, especialmente diante da perspectiva de um crescimento econômico mais robusto. "Sempre temos expectativa de melhorar. A Copa das Confederações, que tem uma das sedes em Belo Horizonte, certamente vai incrementar esses números", afirma.
O comércio aquecido, entretanto, já causa dificuldades para quem precisa de trabalhadores temporários. "A ascensão da classe C à faixa de consumo deu origem a uma geração que pode escolher mais as oportunidades de trabalho e que também passou a empreender. Com isso, temos menos pessoas disponíveis no mercado. As políticas de seguridade social também contribuem para esse fenômeno", completa Teixeira.
Fonte: Diário do Comércio