Dilma Rousseff promete desonerar a cesta básica

06 de Fevereiro de 2013
Brasília. A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo federal estuda fazer uma desoneração integral dos produtos da cesta básica. Em entrevista a emissoras de rádio no Paraná, Dilma afirmou concordar com a redução da carga tributária dos alimentos no país. "Eu concordo que é importante reduzir a carga tributária. No caso dos tributos federais, o arroz e o feijão, já estão desonerados", disse a presidente.

Dilma lembrou que desonerar a cesta é uma promessa dela, feita no ano passado. Ela disse que tentou cumpri-la até o fim de 2012, mas não foi possível porque a ideia inicial era negociar com os Estados para que eles também reduzissem os impostos sobre esses produtos. "Nós estávamos negociando com os Estados, mas como está muito difícil, agora vamos fazer uma iniciativa só do governo federal e fazer essa desoneração", disse.

Ela explicou que, além da desoneração integral dos tributos federais, o governo está estudando também mudanças na composição da cesta, que, segundo ela, estaria ultrapassada. "Nós agora também estamos revisando os produtos que integram a cesta básica, a fim de que nós possamos desonerá-los integralmente", prometeu a presidente, sem no entanto, indicar um prazo para a conclusão dos estudos e a efetiva desoneração.

Alta. Puxada pelo preço do tomate, que subiu 77,57% no mês, o custo da cesta básica deu um salto de 9,7% em janeiro em Belo Horizonte, de acordo com pesquisa do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead/UFMG). A cesta suficiente para alimentar um adulto fechou o mês custando R$ 315,53. O valor equivale a 46,54% do salário mínimo.

O quilo do tomate está sendo vendido por mais de R$ 5 na cidade. A batata também teve alta grande, de 45,16%.
 
Bebidas estão mais caras neste ano
 
São Paulo. Beber neste Carnaval vai sair mais caro do que no ano passado, mostram dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). Enquanto a inflação medida entre fevereiro de 2012 e janeiro de 2013 ficou em 5,95%, o preço da cerveja e do chope aumentou 12,99%, do refrigerante e água, 8,67%, e do cafezinho, 12,13%, todos acima do índice de inflação.

O economista do Ibre e coordenador do levantamento, André Braz, citou que houve aumento na tributação das bebidas alcoólicas no período. "Além disso, o que aumenta a procura e encarece os preços".
 
 
Em BH
Inflação no mês é metade da meta
 
A inflação de Belo Horizonte registrou em janeiro metade da meta do governo federal para o ano, que é de 4,5%. No mês, os preços na capital subiram 2,38%, segundo o Ipead/UFMG. Nos últimos dez anos – desde fevereiro de 2003 – a inflação deste mês só perdeu para a de janeiro de 2012, quando o índice ficou em 2,6%.

Janeiro é um mês tradicionalmente de inflação mais alta, devido aos gastos com impostos, aumento de mensalidades escolares e passagens de ônibus mas, dessa vez, o que pesou mesmo foram os alimentos in natura, que subiram 16,17%. Além dos alimentos, o consumidor de Belo Horizonte arcou também com alta de 9% nas despesas com empregado doméstico, 5,78% no IPTU, 25,58% em serviços e 5,52% nas passagens de ônibus. (Ana Paula Pedrosa)
Fonte: O TEMPO

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