Na contramão do Brasil, indústria mineira avança

07 de Fevereiro de 2013
Rio de Janeiro. Na contramão da maioria do país, a indústria mineira fechou 2012 em alta, com crescimento de 1,4%. Na média nacional, o setor teve queda de 2,7%. Das 14 regiões pesquisadas, Minas Gerais foi uma das cinco que manteve um desempenho positivo no ano passado, pois a produção industrial recuou em nove localidades. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Bahia, Pernambuco, Goiás e a região Nordeste também registraram aumento.

As perdas da indústria automotiva em 2012 prejudicaram Estados produtores e explicam os principais impactos negativos sobre o total da indústria nacional. De acordo com o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, os recuos em São Paulo (-3,9%), Rio de Janeiro (-5,6%), Paraná (-4,8%) e Rio Grande do Sul (-4,6%) foram todos puxados pela menor fabricação de veículos automotores no ano passado.

"A atividade de veículos automotores foi a que mais pressionou o total nacional. As quatro regiões de maior impacto (sobre o total da indústria) têm na base de sua queda também o setor automotivo, com produção de caminhões, automóveis e autopeças", afirmou Macedo.

Minas Gerais, que também tem comportamento marcante na indústria automobilística, com a presença da Fiat, foi exceção. "Em Minas, a produção de automóveis não caiu, fechou o ano no positivo, disse Macedo.

Segundo o gerente do IBGE, a estratégia das montadoras instaladas em cada região explica as diferenças e influencia muito no resultado final do Estado. Em Minas Gerais, onde há um informante para a produção de automóveis, a estratégia da empresa foi manter a fabricação de veículos no local, o que impulsionou a produção regional. "Pode ser estratégia de mercado de aumentar a produção de determinada marca", disse.
De novo
 
Rio de janeiro. A agroindústria brasileira registrou uma queda de 1,6% em 2012, o segundo ano consecutivo de perdas. Em 2011, a agroindústria tinha registrado redução de 2,2%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os setores vinculados à agricultura, com maior peso no total da agroindústria, recuaram 2,4% no ano passado, enquanto os setores relacionados à pecuária tiveram retração de 5,4%.

Herbicidas. O grupo dos inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário cresceu 25,5%, em 2012, enquanto o segmento de madeira avançou 3,5%.

Segundo o IBGE, a queda na produção da agroindústria em 2012 foi puxada pelo recuo nos subgrupos derivados da pecuária e derivados da agricultura.

A produção dos derivados da pecuária caiu 4,3%, por conta de aves (-6%), bovinos e suínos (-4,2%). Os derivados da agricultura tiveram queda de 3%.
 
Janeiro
Veículos começam 2013 com produção recorde
São Paulo. Além das vendas recordes, apontadas semana passada pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a produção em janeiro no país, de 279,3 mil unidades de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, também foi o melhor desempenho do setor para o período na história.

"Algumas montadoras não fizeram férias coletivas e estamos bastante otimistas, começamos o ano bem", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.

A Anfavea confirmou o recorde histórico de vendas em janeiro de 2013 para o mês, com 331,5 mil unidades comercializadas, média diária de 13.509 unidades. "Seguimos otimistas, com economia projetada, crescimento previsto para o PIB e tenho todas as condições de números de crescimento", disse Belini.

 
Fonte: O Tempo

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