Debandada de 900 petistas da PBH

03 de Julho de 2012 às 09:28
por: Alice Maciel e Isabella Souto

Cerca de 900 petistas devem deixar a Prefeitura de Belo Horizonte a  partir desta terça-feira. Com o rompimento entre PT e PSB em torno das eleições  deste ano, o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes, orientou nessa segunda-feira  os filiados a entregarem seus cargos ao prefeito Marcio Lacerda. A  decisão foi tomada no domingo passado à noite durante reunião da direção  estadual do partido com os secretários municipais e chefes das  regionais. “No modelo eleitoral que o Marcio Lacerda definiu, o espaço  que temos na prefeitura não nos cabe mais”, afirmou Reginaldo Lopes.

 

Somente  no primeiro escalão são cinco secretarias, três regionais e quatro  presidências de órgãos da administração indireta. No sábado, ao ser  questionado sobre o assunto, Roberto Carvalho disse que é contra a saída  dos petistas da administração. “Fomos eleitos democraticamente e não  estamos no governo por favor, mas por direito”, argumentou na ocasião.  Dessa forma, a expectativa é que pelos menos os indicados por ele  permaneçam na administração.
O prefeito Marcio Lacerda desdenhou  da postura dos ex-aliados. “Não estou preocupado com isso neste  momento”, afirmou nessa segunda-feira pela manhã. De acordo com ele, depois de sábado  passado já teve um encontro “tranquilo” com três dos secretários petistas para  discutir questões administrativas. Ainda não há uma definição sobre a  postura do PT na Câmara da capital, onde integra a base governista.
E  o clima promete esquentar hoje na Câmara. Está nas mãos de um petista  defender os projetos de interesse do Executivo que estão na pauta da  reunião extraordinária. Representante do prefeito no Legislativo, o  vereador Tarcísio Caixeta (PT) disse que vai continuar sendo leal ao  socialista.
“Como é que eu vou dizer que até sexta-feira os  projetos do Executivo eram bons e agora eles são ruins?”, justificou.  Ele afirmou que só deixará a liderança a pedido do prefeito ou do seu  partido, mas que, até a tarde de ontem, ninguém havia o chamado para  conversar sobre o assunto. “Farei com veemência a defesa dos projetos  até que nós façamos uma discussão com o meu partido”, ressaltou.

 

Fonte: Estado de Minas

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