Aos poucos, os ambulantes voltam a atuar nas ruas de BH
Aos poucos, os camelôs estão voltando para o centro de Belo Horizonte. No entorno da rodoviária, na rua São Paulo, na rua Carijós e na praça Sete não é difícil encontrar ambulantes vendendo cigarros, acessórios, flores e outros itens. A maioria carrega os produtos em mochilas ou tabuleiros, mas já há quem monte a banquinha em via pública. "Com o apoio da polícia, a gente está cercando esse pessoal para coibir as vendas. Se a fiscalização não ficar na rua permanentemente, nós perdemos o controle", diz a gerente de fiscalização integrada da Regional Centro-Sul, Rosana Maria Nogueira.
Em 2012, foram realizadas 5.341 autuações de ambulantes ilegais na região - quase 15 por dia. De acordo com Rosana, sete equipes trabalham de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h, para coibir a atividade ilegal. Nos fins de semana e feriados são quatro equipes. Cada uma tem um fiscal, um policial militar e dois ou três auxiliares. Além da autuação, o ambulante tem a mercadoria apreendida e pode ser multado em R$ 1.430,95, se trabalhar dentro do perímetro da avenida do Contorno. Essa penalidade, porém, quase não é aplicada. "A maioria abandona a mercadoria e foge", explica. Rosana diz que o depósito onde os produtos são armazenados está sempre lotado.
Ela diz que a regional Centro-Sul está fazendo um mapeamento dos pontos mais críticos para intensificar a fiscalização. Um dos resultados, segundo a gerente, é a migração dos ambulantes para os bairros, onde a atividade também é proibida, mas se espalha rapidamente. "Eles perdem espaço na área central e migram para os bairros", afirma a gerente.
No Betânia, região Oeste, a avenida Úrsula Paulino é tomada por ambulantes, principalmente nos fins de semana. Frutas, roupas, CDs, brinquedos e acessórios são comercializados livremente. A situação é a mesma no Alípio de Melo, na região da Pampulha, onde os camelôs se concentram na avenida Abílio Machado.
No Santa Efigênia, a rampa de acesso ao metrô abriga vendedores de jogos eletrônicos, chip de celular e pen drives. Na porta da Santa Casa, é possível comprar sombrinhas, bichos de pelúcia e bolsas. A fiscalização fica a cargo de cada regional.
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Fonte: O TEMPO