Em ambiente revitalizado, imóveis se valorizam 200%
27 de Fevereiro de 2013
por: Ana Paula Pedrosa e Queila Ariadne
Rua São Paulo, 351, centro de Belo Horizonte. O endereço, entre Caetés e Afonso Pena, é do edifício Chiquito Lopes, um símbolo da valorização imobiliária que tomou conta do hipercentro após a transferência dos camelôs para os shoppings populares, seguida da revitalização da região. O antigo prédio comercial foi comprado pela construtora Diniz Camargos em 2004, reformado e transformado em residencial.
Os primeiros apartamentos foram vendidos, em média, por R$ 80 mil. Hoje, estão avaliados em R$ 250 mil, segundo o dono da empresa, Teodomiro Diniz Camargos. Uma valorização de mais de 200%, que seguiu a média do mercado belo-horizontino.
"A retirada dos camelôs das ruas, a colocação das câmeras do Olho Vivo, a redução da criminalidade e o combate ao transporte clandestino foram fatores determinantes para retomar a vitalidade econômica no centro. Não bastavam só câmeras de segurança, porque a guerra no passeio era de tal natureza que não bastava só filmar, tinha que criar um ambiente mais seguro, pois ninguém investe numa praça de guerra", diz Camargos.
O aluguel de lojas e apartamentos também se valorizou. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead/UFMG), de 2003 para 2013, o valor de locação do metro quadrado de uma sala comercial subiu de R$ 5,95 para R$ 18,71 (214%).
O preço médio do aluguel de um apartamento de dois quartos passou de R$ 304 para R$ 941 (209%).
Investimentos. O prédio da rua São Paulo, onde todos os 167 apartamentos estão ocupados, foi apenas o primeiro investimento da Diniz Camargos na região. De 2004 para cá, a empresa reformou o tradicional "Balança mas não cai", na esquina da avenida Amazonas com rua Tupis; está finalizando os projetos para lançar, ainda neste ano, um novo residencial com 162 apartamentos, no prédio Minas Brasil, antigo hotel Excelsior, na rua Caetés, e já tem outros imóveis em vista.
Em relação ao "Balança mas não cai", a empresa ainda aguarda liberação de pendências da Justiça para iniciar a comercialização. "São 66 apartamentos e temos cerca de 1.500 interessados já cadastrados", diz Camargos.
"Se não fosse a revitalização, o investimento não seria possível. Eu só investi porque vi ali uma possibilidade de transformação. Há dez anos, o centro era um ambiente fértil para furtos e agressões. Não conseguiria vender uma apartamento naquele cenário degradado", destaca o empresário.
Apesar da melhora, ele alerta o poder público para a presença de usuários de crack. "É preciso agir rápido, para não passarmos pelo que São Paulo enfrenta", ressalta.
Os primeiros apartamentos foram vendidos, em média, por R$ 80 mil. Hoje, estão avaliados em R$ 250 mil, segundo o dono da empresa, Teodomiro Diniz Camargos. Uma valorização de mais de 200%, que seguiu a média do mercado belo-horizontino.
"A retirada dos camelôs das ruas, a colocação das câmeras do Olho Vivo, a redução da criminalidade e o combate ao transporte clandestino foram fatores determinantes para retomar a vitalidade econômica no centro. Não bastavam só câmeras de segurança, porque a guerra no passeio era de tal natureza que não bastava só filmar, tinha que criar um ambiente mais seguro, pois ninguém investe numa praça de guerra", diz Camargos.
O aluguel de lojas e apartamentos também se valorizou. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead/UFMG), de 2003 para 2013, o valor de locação do metro quadrado de uma sala comercial subiu de R$ 5,95 para R$ 18,71 (214%).
O preço médio do aluguel de um apartamento de dois quartos passou de R$ 304 para R$ 941 (209%).
Investimentos. O prédio da rua São Paulo, onde todos os 167 apartamentos estão ocupados, foi apenas o primeiro investimento da Diniz Camargos na região. De 2004 para cá, a empresa reformou o tradicional "Balança mas não cai", na esquina da avenida Amazonas com rua Tupis; está finalizando os projetos para lançar, ainda neste ano, um novo residencial com 162 apartamentos, no prédio Minas Brasil, antigo hotel Excelsior, na rua Caetés, e já tem outros imóveis em vista.
Em relação ao "Balança mas não cai", a empresa ainda aguarda liberação de pendências da Justiça para iniciar a comercialização. "São 66 apartamentos e temos cerca de 1.500 interessados já cadastrados", diz Camargos.
"Se não fosse a revitalização, o investimento não seria possível. Eu só investi porque vi ali uma possibilidade de transformação. Há dez anos, o centro era um ambiente fértil para furtos e agressões. Não conseguiria vender uma apartamento naquele cenário degradado", destaca o empresário.
Apesar da melhora, ele alerta o poder público para a presença de usuários de crack. "É preciso agir rápido, para não passarmos pelo que São Paulo enfrenta", ressalta.
Mercado imobiliário
Centro é a melhor região para investimento
Já não se veem lojas fechadas no centro como antigamente. O diretor das redes e corretoras da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato da Habitação (CMI/Secovi), Eduardo Novais, afirma que a oferta continua a mesma, mas a rotatividade caiu muito nos últimos dez anos. "A retirada dos camelôs diminuiu a violência e devolveu competitividade para as lojas", diz.
Segundo ele, hoje o centro é a melhor região para investimento imobiliário. "Se o tempo médio para alugar um imóvel em Belo Horizonte é de dois meses, no centro cai para um mês e até menos. Tem imóveis que eu recebo e nem dá tempo de fazer o cadastro, pois já entram com algum interessado", explica Novais, que é diretor da Rede Imvista Exclusiva Corretora.
Ele estima que o aluguel de um imóvel de dois quartos no centro custa, em média, R$ 900 podendo chegar a bem mais. (APP e QA)
Segundo ele, hoje o centro é a melhor região para investimento imobiliário. "Se o tempo médio para alugar um imóvel em Belo Horizonte é de dois meses, no centro cai para um mês e até menos. Tem imóveis que eu recebo e nem dá tempo de fazer o cadastro, pois já entram com algum interessado", explica Novais, que é diretor da Rede Imvista Exclusiva Corretora.
Ele estima que o aluguel de um imóvel de dois quartos no centro custa, em média, R$ 900 podendo chegar a bem mais. (APP e QA)
Fonte: O TEMPO