Entrou em vigor ontem a nova regra da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a tarifação para chamadas de telefonia móvel interrompidas.

28 de Fevereiro de 2013
por: Ana Paula Pedrosa

 
 
FOTO: MARIELA GUIMARAES - 7.2.2013
Crítico. Vila da Serra é o 19º estabelecimento em BH a fechar o pronto-atendimento pediátrico; usuário de plano fica desamparado
MARIELA GUIMARAES - 7.2.2013
Crítico. Vila da Serra é o 19º estabelecimento em BH a fechar o pronto-atendimento pediátrico; usuário de plano fica desamparado
 
O fechamento do pronto-atendimento adulto e pediátrico do hospital Vila da Serra, em Nova Lima, já comunicado pelos planos de saúde aos clientes, expõe um problema que vem crescendo na saúde privada: a deficiência da rede credenciada. O problema foi o terceiro mais reclamado em 2012 no canal de denúncias criado pela Proteste Associação de Consumidores exclusivamente para questões de saúde, atrás apenas de demora na marcação de consultas e negativa de cobertura.

"Há uma crise na rede credenciada", diz a supervisora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. Ela diz que a entidade enviou à Agência Nacional de Saúde (ANS) um documento com as reclamações e pedidos de regras mais rígidas, como a exigência de substituir um profissional ou instituição descredenciada ou desativada por outra equivalente, para que o consumidor não seja penalizado. "A rede faz parte do contrato e tem que ser preservada", diz.

Pediatria. O caso da pediatria é um dos mais alarmantes. Somente na Grande Belo Horizonte, 18 hospitais e serviços de atendimento encerraram suas atividades nos últimos cinco anos, segundo a presidente da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP), Raquel Pitchon. Entre os que deixaram de atender a crianças no pronto-atendimento estão os hospitais Felício Rocho, Biocor, Luxembrugo e Lifecenter.
Raquel explica que o maior problema são os baixos honorários pagos aos profissionais e diz que a SMP está se empenhando em ações de valorização profissional. Ela diz que Minas Gerais tem cerca de 4.000 pediatras, o que corresponde a um para cada mil habitantes, proporção que atende às normas da Organização Mundial de Saúde. O problema é que boa parte desses profissionais já deixou a pediatria geral, seja por mudança de especialidade, seja por especializações dentro da própria pediatria.

"É a segunda especialidade mais procurada por jovens médicos, mas, em muitos casos, é uma escolha transitória", diz. Para Raquel, a baixa remuneração está diretamente ligada a esse problema. Ela lembra que, em comparação com outras especialidades, o pediatra tem consultas mais demoradas e horários mais elásticos, o que deveria valer honorários maiores.
 
ANS
Fiscalização será trimestral
 
Brasília. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reafirmou, ontem, por meio de instrução normativa, que fará avaliações trimestrais dos planos de saúde para verificar se estão ou não garantindo o atendimento correto aos seus usuários. O acompanhamento às operadoras terá início no dia 19 dos meses de março, junho, setembro e dezembro.
Para avaliar as empresas, a ANS levará em conta reclamações dos usuários sobre temas como acesso, cobertura e prazos máximos de atendimento. A operadora do plano de saúde deverá acessar os resultados de sua avaliação no site da ANS, o que já será considerado como notificação. A ANS, se desejar, poderá notificar a empresa por outros meios.
As punições às empresas que descumprirem as exigências da ANS vão de decretação de regime especial de direção técnica, com afastamento de dirigentes, à suspensão da comercialização de serviços. Essas medidas já vêm sendo tomadas pelo Ministério da Saúde e pela ANS desde meados do ano passado.
Fonte: O TEMPO 
 
 

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