Há mais vagas para as mulheres na Grande BH
07 de Marco de 2013
por: Pedro Rocha Franco
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No ano passado, a capital mineira e as 33 cidades que integram a região metropolitana apresentaram forte redução na taxa de desemprego, caindo de 7% em 2011 para 5,1%. A diminuição, no entanto, foi mais acentuada quando se consideram somente as mulheres. A queda foi de 31,4%, passando de 8,6% para 5,9%, ante queda de 18,2% entre homens (de 5,5% em 2011 para 4,5% em 2012). Com isso, é possível perceber maior aproximação de oportunidades entre gêneros. A universitária Lívia Jangola contribui para engordar a fatia feminina com emprego. Aos 18 anos, ela decidiu ingressar no mercado de trabalho e, apesar da falta de experiência, não teve dificuldade em conseguir a primeira oportunidade, em uma loja de roupas. Ela conta que estava ansiosa por preencher o currículo. “É difícil alguém sem experiência ser contratado, mas eu fui”, afirma a jovem.
A maior facilidade entre mulheres para obter uma vaga no mercado de trabalho pode ser vista como um significativo avanço, mas, em contrapartida, quando se fala em rendimentos, a diferença entre salários cresceu no ano passado. Em 2011, segundo a pesquisa, as mulheres ganhavam em média 73,2% dos salários dos homens, enquanto no ano passado a diferença cresceu para 71,7%. Até mesmo no serviço público, onde o mérito tende a ser maior, o percentual se mantém. A coordenadora técnica da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, Gabrielle Selani, afirma que isso se dá pela inserção de mulheres em cargos com remunerações menores. “As mulheres se encontram em ocupações menos prestigiadas. É mais comum encontrar um professor na universidade e uma professora no ensino médio”, afirma Gabrielle. O único setor em que elas ganham mais que eles é o da construção civil. Não por acaso, é o setor em que as mulheres estão menos presentes. Apenas 1,3% do total. A pesquisadora explica que quando presentes no setor elas conseguem se encaixar em cargos superiores.
Fonte: Estado de Minas