Votação do fim do fator previdenciário pode acontecer em agosto

04 de Julho de 2012 às 09:45
por: Daniela Martins

BRASÍLIA - A votação do projeto que substitui o fator previdenciário pode acontecer em agosto. A avaliação foi feita pelo presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), nesta terça-feira. O presidente disse que a análise do projeto depende de acordo entre as lideranças partidárias, mas apontou que é possível convocar sessão extraordinária para debater o tema após o fim do recesso parlamentar.

Maia afirmou que o grupo composto por representantes dos ministérios da Fazenda e da Previdência deverá apresentar uma proposta na próxima semana. A expectativa é que o texto seja analisado pelas lideranças da base governista em reunião no dia 10.

Dezenas de sindicalistas fizeram manifestação na Câmara nesta terça-feira em que carregaram um caixão, simbolizando o “enterro” do fator previdenciário. Representantes do movimento se reuniram com o presidente da Câmara e pediram a votação da proposta do ex-deputado e agora ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. O projeto de Vargas estabelece que o trabalhador não terá perdas ao se aposentar quando a soma de sua idade com o tempo de contribuição for igual a 95 para homens e 85 para mulheres.

O presidente da Força Sindical e  deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, afirmou após o encontro com Maia que “é possível” votar a proposta na primeira semana de agosto.  Mas rejeitou a possibilidade de estabelecer uma idade mínima para o trabalhador se aposentar. “Nós das centrais [sindicais] achamos que é possível discutir a idade mínima para os novos trabalhadores, e em outro projeto”, informou o presidente da Força. O critério de estabelecer uma idade mínima para aposentadoria está em discussão no governo.

Os sindicalistas, no entanto, veem a nova proposta para a aposentadoria como uma forma de postergar o debate. “É uma questão de enrolar. Quando o governo fala de idade mínima é para confundir”, declarou.  Paulinho da Força disse que, como foi aprovado um pedido de urgência no fim de abril para votar a proposta, a Câmara terá que analisar o projeto até o fim de agosto. “Senão, vamos ter que entrar na Justiça”, alertou.

 
Fonte: Valor Econômico

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