Preços do arroz e carne caem, mas trigo e feijão sofrem alta
19 de Marco de 2013
por: Paulo Nascimento
Dez dias após o anúncio da Medida Provisória (MP) 609, que prevê a desoneração dos itens da cesta básica pelo governo federal, os consumidores da capital mineira ainda não conseguem identificar se a redução dos custos, de fato, chegou às prateleiras.
Mesmo com a queda nos preços de produtos como açúcar (-16,15%), arroz (-9,35%) e carne (- 5,51%), a cesta básica ainda não teve o preço reduzido, uma vez que o feijão (+12,77) e itens de limpeza pessoal como sabonete (+9,19%) e papel higiênico (+8,52%) apresentaram forte alta nos valores em uma semana.
Assim como feito na segunda-feira da semana passada, a reportagem de O TEMPO visitou três redes de supermercados distribuídas pela capital e região metropolitana de Belo Horizonte e verificou oscilações nos preços dos produtos, alguns para cima outros para baixo. Também tiveram queda a carne de porco (-12,2%) e o café (-5,51%), mas o trigo (4,28%) e o leite integral (3,73%) subiram e minimizaram o efeito da queda de outros produtos.
Para confundir ainda mais as contas de quem vai aos supermercados, a inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre a primeira e a segunda semanas de março chegou a registrar alta de 1,39% para os alimentos, o que justifica a inconstância de preços nas prateleiras. Essa alta impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que fechou em 0,63% na segunda quadrissemana de março ante 0,52% na quadrissemana imediatamente anterior, segundo a FGV.
"Acredito que a desoneração não vai chegar para gente, de fato. Se chegar, será para produtos de qualidade inferior, que as pessoas não dão preferência na hora da compra", diz o gerente comercial Rodolfo Dayrell, 33, que costuma realizar as compras de supermercado desde que se casou, há sete anos.
A psicóloga Juliana Pinto, 30, segue a mesma linha e defende que não há diferença para o bolso. "A desoneração vai demorar, e acho que eles irão compensar os preços em outros produtos fora da cesta básica", acredita Juliana.
O aposentado Raimundo de Castro, 71, também não acredita que irá fazer economia com a desoneração. "Seria ótimo mas tenho certeza que não surtirá efeito quando formos ao supermercado", diz. "A variação é muito grande, e isso acaba confundindo a gente. Espero muito que a redução da cesta chegue e eu possa economizar", completa a dona de casa, Noemi Carvalho, 65.
Mesmo com a queda nos preços de produtos como açúcar (-16,15%), arroz (-9,35%) e carne (- 5,51%), a cesta básica ainda não teve o preço reduzido, uma vez que o feijão (+12,77) e itens de limpeza pessoal como sabonete (+9,19%) e papel higiênico (+8,52%) apresentaram forte alta nos valores em uma semana.
Assim como feito na segunda-feira da semana passada, a reportagem de O TEMPO visitou três redes de supermercados distribuídas pela capital e região metropolitana de Belo Horizonte e verificou oscilações nos preços dos produtos, alguns para cima outros para baixo. Também tiveram queda a carne de porco (-12,2%) e o café (-5,51%), mas o trigo (4,28%) e o leite integral (3,73%) subiram e minimizaram o efeito da queda de outros produtos.
Para confundir ainda mais as contas de quem vai aos supermercados, a inflação medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre a primeira e a segunda semanas de março chegou a registrar alta de 1,39% para os alimentos, o que justifica a inconstância de preços nas prateleiras. Essa alta impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), que fechou em 0,63% na segunda quadrissemana de março ante 0,52% na quadrissemana imediatamente anterior, segundo a FGV.
"Acredito que a desoneração não vai chegar para gente, de fato. Se chegar, será para produtos de qualidade inferior, que as pessoas não dão preferência na hora da compra", diz o gerente comercial Rodolfo Dayrell, 33, que costuma realizar as compras de supermercado desde que se casou, há sete anos.
A psicóloga Juliana Pinto, 30, segue a mesma linha e defende que não há diferença para o bolso. "A desoneração vai demorar, e acho que eles irão compensar os preços em outros produtos fora da cesta básica", acredita Juliana.
O aposentado Raimundo de Castro, 71, também não acredita que irá fazer economia com a desoneração. "Seria ótimo mas tenho certeza que não surtirá efeito quando formos ao supermercado", diz. "A variação é muito grande, e isso acaba confundindo a gente. Espero muito que a redução da cesta chegue e eu possa economizar", completa a dona de casa, Noemi Carvalho, 65.
ICMS
Minas já isenta cesta da alíquota
Mesmo após o governo federal anunciar a retirada das alíquotas dos itens da alimentação básica, o governo do Estado ainda não sinaliza novas alterações no que diz respeito a novos valores de incidência estadual para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a cesta básica.
Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda lembra que é signatária do convênio ICMS 128/94, que autoriza os Estados a estabelecerem carga tributária mínima de 7% do ICMS nas saídas internas de mercadorias que compõem a cesta básica, e que, ainda assim, Minas já trabalha com produtos isentos da alíquota estadual, como é o caso do leite, da batata, das frutas e do pão francês.
Ainda em nota, a Secretaria demonstra que, assim como o governo federal, já trabalha com alíquotas favoráveis para produtos de higiene pessoal, além de ampliar o benefício para itens referentes à construção civil e material escolar. Entretanto, os itens de higiene pessoal ainda não são isentos do ICMS estadual.
As normas vigentes, que constam alterações nas alíquotas referentes à alimentação, foram alteradas ainda em 2012 pelo governo estadual. (PN)
Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda lembra que é signatária do convênio ICMS 128/94, que autoriza os Estados a estabelecerem carga tributária mínima de 7% do ICMS nas saídas internas de mercadorias que compõem a cesta básica, e que, ainda assim, Minas já trabalha com produtos isentos da alíquota estadual, como é o caso do leite, da batata, das frutas e do pão francês.
Ainda em nota, a Secretaria demonstra que, assim como o governo federal, já trabalha com alíquotas favoráveis para produtos de higiene pessoal, além de ampliar o benefício para itens referentes à construção civil e material escolar. Entretanto, os itens de higiene pessoal ainda não são isentos do ICMS estadual.
As normas vigentes, que constam alterações nas alíquotas referentes à alimentação, foram alteradas ainda em 2012 pelo governo estadual. (PN)
Fonte: O TEMPO