Desemprego sobe na RMBH

Pelo terceiro mês consecutivo, a taxa de desemprego da região metropolitana de Belo Horizonte sofreu alta. Em fevereiro, a taxa passou de 5,6% para os atuais 6,2% da População Economicamente Ativa (PEA), representando 151 mil pessoas em busca de vagas no mercado de trabalho.

Para contornar a situação, a saída encontrada pela Secretaria de Trabalho e Emprego (Sete) é o investimento em qualificação profissional. "Nossa secretaria vai investir R$ 100 milhões em qualificação profissional, mantendo parcerias com a Secretaria de Educação, a fim de qualificar as pessoas que estão chegando ao mercado e aproximá-las das empresas", afirmou o Secretario da Sete, Zé Silva.

Os dados foram divulgados ontem na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em conjunto pela Fundação João Pinheiro (FJP), Dieese, Sete e Seade. De acordo com a analista de mercado da Sete, Janice Santos Viana, um aumento repentino na PEA motivou a alta na taxa de desemprego.

"Cerca de 24 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho no mês de fevereiro, enquanto em janeiro esse número foi de 6.000 pessoas. As empresas não conseguiram absorver a oferta de mão de obra que, de forma repentina, chegou no mercado", justifica Janice, lembrando que a taxa de desemprego subiu em todas as regiões metropolitanas contempladas pela PED.

Nos últimos 12 meses, cerca de 68 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho da RMBH, enquanto foram criados 38 mil postos de trabalho, deixando cerca de 30 mil pessoas desempregadas no período.

Setores. Na comparação entre os meses de fevereiro e janeiro deste ano, a quantidade de ocupados no setor de serviços apresentou estabilidade. Já o comércio apresentou decréscimo de 2,3% no número de ocupados, enquanto a construção civil teve queda de 0,5% no quadro de funcionários. Em movimento contrário, o número de trabalhadores na indústria de transformação aumentou em 3,9%, representando cerca de 12 mil novas vagas. "Com uma expectativa de crescimento maior para este ano, as contratações no setor acabam sendo influenciadas", diz a analista de mercado da Sete.

Fonte: O TEMPO